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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

O Fim do Mundo (1996)

     Inicialmente, O Fim do Mundo seria uma minissérie. Acabou sendo uma "supernovela de 35 capítulos" para tapar o buraco do atraso da produção da novela seguinte do horário, O Rei do Gado, que deveria substituir Explode Coração, mas que começou tardiamente sua produção, forçando a emissora a deslocar a minissérie para o horário das 20 horas, de modo que houvesse um bom respiro para a estreia de O Rei do Gado. Assim, foi ao ar a última novela de Dias Gomes, que nos deixaria 3 anos depois num acidente de carro. Bora ouvir a trilha sonora?

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Explode Coração Internacional (1995)

     Lançado em fevereiro de 1996, o disco com a trilha sonora internacional de Explode Coração ficou mais conhecido por ter Estoy Enamorado, de Donato y Estéfano, como maior hit. Mas estejam certos: a trilha sonora é muito mais que isso. Há vários momentos muito mais interessantes no disco e outros que merecem uma atenção mais profunda. De modo geral, é um disco que funciona bem, mesmo tendo uma faixa "enche-linguiça" (Gipsy Woman, dos obscuros brasileiros da Cannibals, que certamente ocultam a presença de Martin Axel - ou Axell, dependendo da época) que não faz naaada feio, muito pelo contrário. Bora ouvir?

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Explode Coração (1995)

     Substituindo A Próxima Vítima, estreava em 6 de novembro de 1995 a novela Explode Coração, de Gloria Perez. Era sua primeira novela desde o assassinato de sua filha Daniella Perez, durante a realização de sua novela antecessora De Corpo e Alma, em 28 de dezembro de 1992. Desde antes de estrear, ficou acordado que a novela teria apenas 155 capítulos (30 a menos que o esperado para a época), de modo que ela pudesse acompanhar o julgamento dos assassinos de sua filha. E assim foi. 

    Mesmo assim, foi uma novela de inesperado sucesso. Trouxe pela primeira vez o que se tornou a marca registrada da autora nas suas novelas seguintes: a exploração dramatúrgica de culturas e etnias diferentes ou estrangeiras. Assim se seguiu em O Clone, América, Caminho das Índias e Salve Jorge. A trilha sonora nacional traz um registro improvável da banda Roupa Nova com a instrumental Ibiza Dance, que serviu de abertura à novela, além de muita coisa que vale a pena ouvir.

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A Próxima Vítima - Internacional (1995)

     Em julho de 1995, chegava às lojas a trilha sonora internacional de A Próxima Vítima, sendo oficialmente a última trilha sonora lançada em CD pela Som Livre a ter a pré-masterização e edição inteiramente realizadas em fita master, pelas mãos de Sergio Seabra, que ainda masterizou inúmeros discos pela Som Livre até 2010. A partir daqui, houve alternância de fontes até 1998, quando o processo passou a ser inteiramente digital (na trilha sonora internacional de Era Uma Vez...).

    O disco em si é uma inegável compilação de grandes sucessos, a começar pela segunda faixa, I Live My Life for You, que colocou FireHouse no mapa do sucesso brasileiro. Na trilha sonora, veio erroneamente creditada como I Live My Life for Love. La Bouche, após o sucesso na virada do ano de Sweet Dreams, confirmava seu sucesso com Be My Lover. Jim Croce era resgatado 22 anos após sua morte, em decorrência da abertura da gravadora brasileira Paradise, que teve curtíssima vida até 1996 e que havia adquirido os direitos do último disco de Croce, justamente I Got a Name, cuja faixa-título parou aqui. Há uma sequência de regravações nas faixas 5, 6, 7 e 8, onde Flava To Da Bone regravou More Than a Woman dos Bee Gees, Frente! fez uma releitura de Bizarre Love Triangle de New Order, Annie Lennox revitalizando No More I Love Yous de The Lover Speaks e Bobby Ross Avila trazendo mais groove ainda para Let's Stay Together, de Al Green. Mas ainda há mais duas regravações mais adiante: Double You revisita That's the Way de KC and the Sunshine Band e Alexis de San Nicolas (erroneamente creditado como Alexis San Nicolas) regrava Fotonovela, de Iván. Houve erros de crédito nesta faixa, na trilha sonora. Conta ainda com sucessos da época, como Holding On to You de Sananda Maitreya (na época Terence Trent D'Arby), Around the World de East 17 e Independent Love Song de Scarlet.

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A Próxima Vítima (1995)

    Em março de 1995, estreava a novela A Próxima Vítima no horário das 20 horas, substituindo Pátria Minha. No mesmo mês, a trilha sonora nacional chegava às lojas, em CD, LP e K7. Além de ser a primeira trilha sonora a ser masterizada pelo estúdio carioca Promaster, algo que se tornou recorrente em 1995 (como por exemplo nos dois primeiros volumes de Malhação, os discos de História de Amor, Cara e Coroa e Explode Coração nacionais...). Perceptivelmente, são masterizações muito mais bem-acabadas do que o padrão da época, soando atemporais. O disco ainda traz um mix exclusivo - e quase não dá pra perceber isso -  de Sereia, faixa de Lulu Santos presente em seu álbum Eu e Memê, Memê e Eu. Conta ainda com uma edição mais enxuta de Vítima, faixa de 1985 de Rita Lee e Roberto de Carvalho, que é o tema de abertura: aqui todo o trecho falado foi suprimido e o trecho editado é certeiramente tocado na abertura, trazendo identificação imediata. Tem, para finalizar, a presença de Zélia Duncan despontando ao sucesso com sua versão de Cathedral Song, de Tanita Tikaram. Bora ouvir?

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Pátria Minha - Internacional (1994)

     Apenas 3 meses depois da estreia, Pátria Minha teve sua trilha sonora internacional lançada na segunda quinzena de outubro de 1994, quando o lançamento era previsto para o mês seguinte, pegando a todos de surpresa. Mas foi uma grata surpresa, pois se trata de uma seleção pra lá de inspirada.

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Pátria Minha (1994)

     Apesar de ter enfrentado uma audiência morna e percalços significativos ao longo do caminho, como a demissão de Vera Fischer e Felipe Camargo (o que resultou numa mudança brusca na trama e redimiu personagens que não seriam redimidos a princípio), Pátria Minha rendeu duas trilhas sonoras de respeito. No disco nacional, Caetano e Gil participam de nada menos que três faixas, duas separadamente e uma juntos (Haiti). Conta ainda com a segunda e última faixa de Guido Brunini (01/06/1963 - 20/02/1995) em trilhas sonoras de novela. Guido estava bastante debilitado pelo HIV e ocultou isso da gravadora (PolyGram, atual Universal Music) ao gravar o disco. Não deu certo: seu estado de saúde debilitado era tão visível que o staff da gravadora descobriu que ele estava soropositivo, cancelou o lançamento do disco e lançou apenas um maxi-single com 4 faixas, de onde 2 foram parar em novelas. Apesar dos apelos da mãe de Guido, a gravadora cancelou em definitivo o lançamento do disco, que segue até hoje sem lançamento, 31 anos depois.

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Malhação 2 (1995)

     Depois de longos 6 meses, em novembro de 1995, chegava às lojas o segundo volume da trilha sonora da primeira temporada de Malhação, que acabaria em 1 de março de 1996. Mas a demora compensou e muito, porque o disco trouxe Gottsha, Fernanda Abreu, Lulu Santos e Haddaway reunidos numa seleção que guarda outros grandes momentos e muitas gratas surpresas.

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Malhação (1995)

    Malhação, ao estrear em 24 de abril de 1995, revolucionou o formato até então conhecido de telenovela brasileira, trazendo para cá o conceito de soap opera, ou seja: novelas de duração indefinida com troca de personagens, temporadas e tramas centrais. Exibida no horário das 17:30, teve em seus 25 anos ininterruptos de exibição - encerrou abruptamente durante a pandemia de COVID-19, posteriormente teve sua temporada sucessora cancelada e, mais adiante, toda a novela foi cancelada - o foco direcionado ao público adolescente. Alcançou seu ápice de repercussão e sucesso comercial e de audiência em 2004, mas manteve público cativo do começo ao fim. 

    O primeiro volume da trilha sonora de Malhação foi lançado em maio de 1995, trazendo a música de abertura "Assim Caminha a Humanidade" de Lulu Santos, que permaneceu sendo o tema de abertura até 1999, quando "Te Levar Daqui" de Charlie Brown Jr. a substituiu até 2006, tornando-se o tema mais longevo, já que posteriormente as trocas se deram de acordo com as temporadas.

    Além do tema de Lulu Santos, o primeiro volume de Malhação traz Malandragem de Cássia Eller, que despontava ao sucesso na época. Mesmo sendo um disco com músicas de apelo jovem, há espaço para Caetano Veloso, pinçado de seu álbum Fina Estampa, de 1994, gravado totalmente em espanhol, com Pecado. Nico Rezende, com Noves Fora, confirma a presença de um pop mais adulto na trilha sonora.

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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Meu Bem Meu Mal nacional (1990)

     Depois de 35 anos, consegui comprar o CD nacional de Meu Bem Meu Mal, num sebo de Sapucaia do Sul. Claro que vou compartilhar, porque Saladificador é sinônimo de sempre compartilhar.

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Renascer 2 (1993)

     O segundo volume de Renascer trouxe gravações exclusivas para o disco, como Dois Corações, de Nana Caymmi.

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Renascer (1993)

     A primeira versão de Renascer, exibida em 1993, foi um grande sucesso. Suas trilhas sonoras fazem parte desse sucesso, pois são dois discos excelentes. Neste post, está o volume 1. No próximo, estará o volume 2, ambos ripados de meus CDs originais. O primeiro eu adquiri em 13 de agosto de 2009, no primeiro dia que pude sair novamente depois de 8 dias isolado por ter contraído H1N1 na época. O segundo foi comprado em 8 de outubro de 2010, juntamente com a trilha sonora nacional de Salomé, no mesmo sebo.

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Spoiler de 26: Luz dos Paradoxos (Cupins da Consciência) (música original, parte do álbum Meu País, Minha Missão))

 

Falta de aviso não foi — deixei o mundo consciente,
Mas os paradoxos voltam sempre, como vento reincidente.
Chegam perto, desmedidos, e não há como evitá-los,
São presenças que acompanham os passos e os intervalos.

Me perguntam se me afeta, se desvia o meu caminho;
Preocupação não muda nada — segue o curso do destino.
Então permito que existam, que habitem o que eu sou,
Pois o homem também nasce de tudo aquilo que o opôs.

E percebo, no silêncio, entre um pensamento e outro,
Que a contradição revela o que há de mais profundo no encontro.

São cupins da consciência, rodeando toda a luz,
Tateando cada sombra, cada calor que produz.
Vem sem ver o que procuram, mas persistem na missão,
E no toque incandescente deixam marcas pelo chão.

São cupins da consciência, dançando em volta do existir,
Trazem dúvidas e ecos que me fazem prosseguir.
Pois é no movimento frágil dessa busca sem fim
Que descubro que a contradição também vive em mim.

Vocês talvez se perguntem: “Que sentido há nessa ligação?”
E eu respondo: na cegueira deles vejo a minha condição.
Cupins não têm olhos, mas têm tato e seguem pelo calor,
Como ideias que se aproximam do nosso íntimo interior.

E penso no quanto somos feitos de um impulso semelhante,
Às vezes cegos, às vezes sábios, mas sempre seguindo adiante.
Se erro vem, ele ensina; se acerto vem, ele passa —
A vida é essa teia breve que a contradição abraça.

E ao olhar com mais cuidado o que antes me confundia, Vejo a essência do paradoxo revelando quem eu seria. São cupins da consciência, rodeando toda a luz, Tateando cada sombra, cada calor que produz. Vêm sem ver o que procuram, mas persistem na missão, E no toque incandescente deixam marcas pelo chão. São cupins da consciência, dançando em volta do existir, Trazem dúvidas e ecos que me fazem prosseguir. Pois é no movimento frágil dessa busca sem fim Que descubro que a contradição também vive em mim. Entre certezas que se quebram, entre perguntas que renascem, Eu encontro um espaço vivo onde as respostas não se gastem. E ali compreendo, enfim, que o paradoxo é parte inteira: É farol e é risco; é ferida e é maneira. São cupins da consciência, carregando o que nos resta, E nas voltas que eles traçam, descubro a minha aresta. Se a luz que me conduz também me faz hesitar, É nela que eu encontro força pra continuar. São cupins da consciência, na jornada que escolhi, E ao seguir o seu caminho, reconheço o que perdi. Entre o toque e a chama viva que ressoa aqui e ali, Eu aprendo que a contradição também me fez chegar até aqui.
Letra: Humberto Mercado


Spoiler de 26: A Verdade É Bonita (música original, parte do álbum Meu País, Minha Missão)

 

O que é viver a vida que valha o respirar? A pergunta inquieta e tenta nos silenciar. Mas eu digo sem medo, com verdade no olhar: Propósito é a chama que nos faz continuar. Porque o sentido não cabe só dentro de mim — não é ganho pequeno, não termina no fim. É futuro distante, é a herança que vem, pros filhos dos filhos dos filhos de alguém. É mirar mais alto que o próprio passo, é romper o conforto, enfrentar o cansaço. Não é voz do ego pedindo atenção — é ser ponte viva pra outra geração. É maior que nós, é maior que eu. É o fogo aceso que ninguém prendeu. É coragem firme contra a contramão, é dizer “eu fico”, quando vem pressão. É maior que nós, é maior que o fim. É a força do propósito que vai além de mim. E a vida vale tanto quando a gente vê que o mundo muda quando a gente crê. Há muitos anos eu senti aquele chamado, quando vi jovens ousados, peito aberto, lado a lado. O utópico se erguia, tempestade em volta inteira, mas virtude verdadeira não teme a fronteira. Vieram pedras da esquerda e da direita, invenções, tempestades, má-fé feita. Faz parte do jogo — mas não devia — e eu segui na trilha que meu caráter pedia. E tempos depois, eu senti pulsar o desejo maduro de me integrar. Metamorfose firme, era hora de crescer, e na virada eu entendi: já era meu dever. É maior que nós, é maior que eu. É o fogo aceso que ninguém prendeu. É coragem firme contra a contramão, é dizer “eu fico”, quando vem pressão. É maior que nós, é maior que o fim. É a força do propósito que vai além de mim. E a vida vale tanto quando a gente vê que o mundo muda quando a gente crê. As assinaturas vinham como prova de fé, me joguei no peito aberto, mesmo sendo como é. E quando vieram mentiras, rupturas, solidão, eu já era cascudo, no fundo do poço não tinha alçapão. Cancelamento? Só eco antigo. Desde criança aprendi a ser meu próprio abrigo. E se o mundo exige ousadia pra viver, então ousado eu serei até morrer. De onde vieram meus antigos, eu pude perceber a grandeza que alcançamos e é difícil descrever. Cinco mil corações batendo no mesmo tom, por algo maior, por um mesmo som. Força de caráter que insiste em lutar. Gente que presta, que escolhe mudar. A vida é bonita quando a gente vê gente que presta perto de você. É maior que nós, é maior que eu. É o fogo aceso que nunca se perdeu. É propósito vivo na multidão, é Missão que pulsa em cada mão. É maior que nós, é maior que o fim. É caminho longo que vai além de mim. E a vida vale tanto quando a gente vê que o mundo muda quando a gente crê.

Letra: Humberto Mercado

Spoiler de 26: Vira-Lata de Ouro (música original, parte do álbum Meu País, Minha Missão)

 


Antes de começar, eu já te digo assim: talvez seja inverdade, mas é o que vejo aqui. Tantos anos nas costas pra tentar entender um povo inteiro que não sabe bem o que quer ser. É estranho ver a dança do brasileiro comum: ora ama essa terra, ora cospe em cada um. Entre orgulho inflado e vergonha nacional, ele gira feito bússola moral. E se a Europa chama, ele até perde o chão, fala “meu sonho é Paris” com brilho de devoção. Mas quando tropeça e não consegue ir, vira cínico patriota pronto pra agredir. Vira-lata de ouro, medalha no peito, adora o estrangeiro, mas morre de despeito. Quer o mundo inteiro, mas cansa no começo, a culpa é sempre alheia pelo próprio tropeço. Vira-lata de ouro, orgulho e ferida, quer chegar ao topo, mas para na subida. E quando o sonho cai por falta de suor, veste verde e amarelo e grita que é melhor. Ele rejeita o samba, a língua, o próprio chão, mas paga pau pra camisa escrita em outra língua. Quer falar fluentíssimo, mas logo desiste — descobre que estudo exige ser mais do que ele persiste. Aí cola nos amigos que tiveram outra vida, absorve, suga, tenta, numa inveja escondida. Diz que admira, mas lá dentro quer o trono, quer status importado para se fazer de sonso. Mas quando percebe que atalho não dá fruto, que é preciso esforço pra sair do "nada mudo", não tenta de novo, não busca razão: atira nos outros e chama de “arrogantão”. Vira-lata de ouro, medalha no peito, adora o estrangeiro, mas morre de despeito. Quer o mundo inteiro, mas cansa no começo, a culpa é sempre alheia pelo próprio tropeço. Vira-lata de ouro, orgulho e ferida, quer chegar ao topo, mas para na subida. E quando o sonho cai por falta de suor, veste verde e amarelo e grita que é melhor. Patriotismo pra quê? - sua outra personalidade diz Pedaço de terra não compra ninguém - se faz o infeliz Fronteiras são riscos que o homem faz - insiste o "bom rapaz" pra dizer que é forte, quando não é capaz - ele mesmo sendo incapaz Mas o brasileiro médio tem a antítese como bandeira pra disfarçar o medo da própria carreira. Grita que ama a pátria com o peito inflado, e a nega depois, em seu orgulho torto, mal disfarçado. E quando o ciclo recomeça — porque sempre vem — ele mira outra meta que não alcança também. Começa empolgado, morre na metade, e posa de humilde com ar de santidade. Os erros? Dos outros. O fracasso? Do mundo. A culpa? De quem viveu algo mais profundo. E assim ele gira, sempre a lamentar, procurando uma sombra onde possa se ancorar. Vira-lata de ouro, rei do mimimi, quer ser cosmopolita, mas não vai sair daqui. Quando encosta o sonho no muro da ação, vira hino patriota cheio de indignação. Vira-lata de ouro, orgulho de vidro, ataca quem venceu só pra se sentir íntegro. E o ciclo se arrasta, eterno, sem pudor, enquanto ele inveja o que chama de amor. Letra: Humberto Mercado

domingo, 7 de dezembro de 2025

Sobre 2025 e as perspectivas para 2026

     Oi, gente linda! Tudo bem com todo mundo? 2025 foi um ano movimentado por aqui, né não? Muita novidade, muito resgate da originalidade das trilhas sonoras que muitos de nós tanto amamos, mas... cada ano tem uma característica, são como se fossem pequenas estações da vida, com começo e fim. É bonito ver como a história da Saladificador tem seus próprios caprichos, que vão muito além dos meus planos ou do meu senso de controle. É sobre isso, mas também sobre outras coisas, que quero falar neste post. 

    Foi num clima de otimismo que 2025 se iniciou na Saladificador, com a perspectiva da construção de uma parceria/joint-venture com um promissor (e excelente, diga-se de passagem) blog então iniciante, ao qual não mencionarei o nome tanto para preservar o excelente blog, com conteúdo genuinamente único e imprescindível, quanto para preservar o brilhante dono dele, que apesar de questões muito complexas e de difícil trato no cômputo geral que costumam comprometer suas relações interpessoais, jamais mereceria qualquer tipo de "exposed" na internet - e mesmo que merecesse, quando é preciso encerrarmos amizades, por qualquer razão que seja, a integridade e a força de caráter devem se colocar à frente de qualquer diferença pessoal. Da parceria promissora surgiram resgates interessantíssimos, mas também os primeiros sinais de que algo poderia se desgastar rapidamente, quando fui inúmeras vezes interpelado por decisões autônomas que tomei em relação à condução do meu próprio espaço. Tentei contornar todas as situações inesperadas e indesejadas da melhor maneira possível, mas não dependia somente de mim. Ao início do mês passado, tomei a dolorosa e difícil decisão de seguir sozinho na condução da Saladificador, pois vi que meus esforços para mitigar os efeitos devastadores do destempero alheio produziam de pouco a nenhum efeito, além de me desgastar emocional e psicologicamente. Por mais difícil que fosse, tal decisão se fez necessária quando percebi a qualidade geral do padrão Saladificador sendo comprometida pelo meu próprio desgaste. Assim, determinei que não farei mais parcerias, excetuando as colaborações de meu amigo Douglas Alegre, em quem confio de olhos fechados.

    A situação mencionada acima me fez perceber que, em certa medida, é como se a Saladificador tivesse passado por um ensolarado verão, um tempestuoso outono e estivesse se encaminhando para um inverno seco, quase deserto. Antes que o inverno chegasse de vez, "comprei agasalhos". E é nesse momento, de lenta e contínua recuperação emocional e psicológica depois de uma série de eventos conturbados, que se desenha a perspectiva de um 2026 mais dinâmico, com foco em coletâneas exclusivas, a começar pela comemoração dos 18 anos da Saladificador, além das nossas amadas trilhas sonoras de novela. Tanto os resgates, desta vez restritos somente aos CDs originais em suas ripagens sem alterações, quanto reissues e reconstruções artesanais, estão garantidos. Haverá o retorno de algumas coletâneas que estão há algum tempo sem ver novos volumes. E o resto? Nem eu sei. Mas sei que será bom.

    Os lançamentos exclusivos de 2025 já foram encerrados em O Melhor de Underrated Divas. Até a virada do ano, haverá apenas a postagem de ripagens de meus CDs originais. Até o ano que vem, gente linda, porque ele tá logo ali!

sábado, 6 de dezembro de 2025

Mulheres de Areia Internacional (1993)

    Claro que não podia faltar a trilha sonora internacional de Mulheres de Areia por aqui, né? 
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Mulheres de Areia (1993)

     Parece uma postagem corriqueira, meus nobres, mas... não é. Explico: é a primeira vez que a trilha sonora nacional de Mulheres de Areia (no seu remake de 1993) aparece com a divisão entre as faixas correta, no formato lossless. Por que? Porque os CDs fabricados pela Sonopress de 1991 a 1994 (começou timidamente em Salomé Internacional e terminou em Hit Parade 94, dividindo a produção oficialmente com a Videolar, fato que só se concretizou em A Viagem Internacional) tinham um pre-gap de 0,5 segundo antes das faixas começarem ao serem copiados pelo Windows Media Player (conservando o tempo original das faixas, mas empurrando o final para o começo da seguinte e se houvesse alguma coisa na última faixa nesse meio segundo, se perderia). Assim, para manter os cortes originais, é necessário usar outros programas de cópia exata. Que é exatamente o que costumo fazer. Bora conferir?

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