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sábado, 17 de maio de 2008

Eu bem que avisei: Os paradoxos me perseguem.

Falta de aviso não foi. Pelo menos deixei vocês cientes disso... Os paradoxos me perseguem de tal forma que eu já nem consigo contar nos dedos. Tamanha perseguição talvez nem explicação tenha, no entanto é um fato, mais que recorrente, diário, quase de hora em hora. Se eu me preocupo com isso? Deveria. Ou não. No final das contas, acho melhor nem me preocupar - preocupação não solucionaria nada mesmo... - então eu simplesmente me permito ser uma contradição. Mas quem não o é?
Sabem aqueles bichinhos de luz, que rodeiam as lâmpadas nos dias quentes de verão? Pois é, é mais ou menos dessa forma que os paradoxos vêm ao meu encontro: Desordenados, sem visão, atraídos por um calor e movidos por um instinto. Interessante isso, até... Mas vocês devem estar a se perguntar: "O que raios isso tem a ver com os bichinhos da luz que ele falou antes?". Lhes respondo: Esses bichinhos da luz são uma das espécies de cupins. Sim, cupins. E cupins são cegos, nascem cegos, passam uma efêmera vida inteira (que contradição) sem enxergar nada, pois não possuem olhos. São movidos exclusivamente pelo tato. APENAS pelo tato, hiperseisível neles, que os move em direção ao calor. Mas isso também os confere um comportamento suicida, pois se eles tocarem nas lâmpadas de calor flamejante, eles cáem mortos. Inertes. Pútrefos. Sem nenhuma vida... se é que pode se considerar vida o que eles, os cupins, tiveram antes. Ou estaria sendo eu vaidosamente humano, com toda a minha pretensão de achar que sei de tudo e no final das contas apenas justificar teorias para a minha própria ignorância? Nem sei.
Mas é um fato que constatei: As contradições que nos perseguem são assim, como os cupins que rodeiam as lâmpadas até morrer: Chegam rapidamente, seguido de vários outros ao redor, te tentando, te atordoando, meio que a te confundir. Então, depois do fato consumado de alguns paradoxos terem sido lançados ao vento e aos ouvidos que possam estar à tua volta atentos, eles se vão, deixando no ar dúvidas, questionamentos vãos, que logo são soterrados por um assunto mais interessante do que discutir sobre o que a condição humana nos implica: O dom de se contradizer.