Olá, criOnças! Como vocês sabem, amanhã, dia 29, reestreia no Canal Viva, a novela "Explode Coração", grande sucesso de Gloria Perez exibido em 155 capítulos de 6 de novembro de 1995 a 3 de maio de 1996. A novela teria 30 capítulos a mais e seria encerrada somente em junho de 1996 pelas previsões, mas Gloria Perez pediu à emissora que a dispensasse para que ela pudesse acompanhar o julgamento de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, assassinos de sua filha Daniella. Com isto, a minissérie "O Fim do Mundo" ganhou a definição de "supernovela" e foi apresentada em 35 capítulos, para que a produção da sucessora de "Explode Coração", "O Rei do Gado", de Benedito Ruy Barbosa, pudesse adiantar seus trabalhos. Foi a primeira vez que Gloria Perez trouxe culturas diferentes, tidas como "exóticas" para suas tramas. Repetiria isto em "O Clone", "América", "Caminho das Índias" e encerraria sua saga em "Salve Jorge". A cultura cigana servia de pano de fundo para uma história bem costurada, por vezes maniqueísta, mas sem resvalar no mexicanismo que ilustrava a rebeldia da protagonista que ao decorrer da trama, subitamente encaretava e se entregava à instituição do casamento, ainda que "lutando contra suas origens". Tal recurso era utilizado por Gloria desde "De Corpo e Alma": protagonistas fortes, com um viés feminista, encaretavam ao longo das tramas. Gloria só foi quebrar esse padrão em "A Força do Querer", quando deu à sua protagonista Rita (Isis Valverde) a liberdade e felicidade merecidas sem estar necessariamente presa a um relacionamento amoroso. Em 1995, a internet era algo praticamente desconhecido no Brasil, com parca inserção, pois era ainda artigo de luxo. Ao apresentar a internet como uma entidade presente entre personagens, Gloria foi criticada pela sua suposta falta de verossimilhança, mas hoje percebemos o quão visionária ela foi ao praticamente "prever" como a internet impactaria em nossas vidas nos anos seguintes. Apesar de ter tido consultoria com pessoas rrom, Gloria não apresentou em "Explode Coração" um retrato sequer próximo às culturas ciganas, tão diversas ao redor do mundo. Usou, porém, de forma sábia o plot das tradições conservadoras que visavam cercear a liberdade das mulheres e as impedia, muitas vezes, de estudar inclusive.
As trilhas sonoras são bem diversas entre si. O disco nacional aposta numa linha mais sóbria, apesar da presença do maravilhoso Edson Cordeiro e sua "Let me be Your Diva [Babalu Mix]" e dos irreverentes João Penca e seus Miquinhos Amestrados com "Esse Meu Cabelo Rock" e, evidentemente, o tema de abertura "Ibiza Dance" com Roupa Nova, trazia figuras conhecidas da MPB e não arriscou, mas fez bonito. A presença de Léo Jaime, Marina Lima, Milton Nascimento, Simone, Marisa Monte, Maria Bethânia (com o repeteco de "Pai Herói" "Não dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)", aqui bem justificada), Sidney Magal, Elba Ramalho, Fábio Jr., Orlando Morais e Wagner Tiso faz do disco algo agradável, embora por vezes soe "conservador" a ouvidos que busquem algo mais "temático". A trilha sonora complementar é constituída basicamente por duas bandas: Grupo Rorarni e Grupo Encanto Cigano. Os temas tradicionais são: "Hino Cigano", "Lamento Cigano" e "Gary Gary". Isto mesmo: 3 das 12 faixas. O restante são composições brazucas inspiradas no clima da novela. Os compositores por trás dos temas são: Alexandre Flores, Michel Luiz Kriston, Ana Maria Araújo, Sanção e Miriam Stanesco, Wagner Tiso e Ricardo Vassicth. Ah, criOnças: deixei um easter egg numa faixa aí. Foi proposital.
O disco internacional não é nem de longe a melhor trilha sonora da década, mas tem bons momentos como a presença de Take That, Big Mountain, Santa Esmeralda (repetida de "O Astro" e ainda por cima a single version de "Don't Let me be Misunderstood" sofreu um corte desnecessário em todos os formatos), Collective Soul, Michael Learns to Rock, Gipsy Kings, Los Del Río e Antonello Venditti. Ah, sim: A versão de "Macarena", Bayside Boys Mix, não foi creditada no disco.
É isso. Curtam. Ou fiquem pistola, se quiserem ;)
As trilhas sonoras são bem diversas entre si. O disco nacional aposta numa linha mais sóbria, apesar da presença do maravilhoso Edson Cordeiro e sua "Let me be Your Diva [Babalu Mix]" e dos irreverentes João Penca e seus Miquinhos Amestrados com "Esse Meu Cabelo Rock" e, evidentemente, o tema de abertura "Ibiza Dance" com Roupa Nova, trazia figuras conhecidas da MPB e não arriscou, mas fez bonito. A presença de Léo Jaime, Marina Lima, Milton Nascimento, Simone, Marisa Monte, Maria Bethânia (com o repeteco de "Pai Herói" "Não dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)", aqui bem justificada), Sidney Magal, Elba Ramalho, Fábio Jr., Orlando Morais e Wagner Tiso faz do disco algo agradável, embora por vezes soe "conservador" a ouvidos que busquem algo mais "temático". A trilha sonora complementar é constituída basicamente por duas bandas: Grupo Rorarni e Grupo Encanto Cigano. Os temas tradicionais são: "Hino Cigano", "Lamento Cigano" e "Gary Gary". Isto mesmo: 3 das 12 faixas. O restante são composições brazucas inspiradas no clima da novela. Os compositores por trás dos temas são: Alexandre Flores, Michel Luiz Kriston, Ana Maria Araújo, Sanção e Miriam Stanesco, Wagner Tiso e Ricardo Vassicth. Ah, criOnças: deixei um easter egg numa faixa aí. Foi proposital.
O disco internacional não é nem de longe a melhor trilha sonora da década, mas tem bons momentos como a presença de Take That, Big Mountain, Santa Esmeralda (repetida de "O Astro" e ainda por cima a single version de "Don't Let me be Misunderstood" sofreu um corte desnecessário em todos os formatos), Collective Soul, Michael Learns to Rock, Gipsy Kings, Los Del Río e Antonello Venditti. Ah, sim: A versão de "Macarena", Bayside Boys Mix, não foi creditada no disco.
É isso. Curtam. Ou fiquem pistola, se quiserem ;)
para baixar o disco, clique aqui
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