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quinta-feira, 27 de março de 2008

De algum lugar.

Há uma voz...
uma voz que sopra aos meus ouvidos palavras de aflição... de pressa.
Acho que existe um certo desespero nelas....
e então me vi perdido, sem rumo, no meio do caminho...
abreviado.
cheio de vontades... cheio de coisas a fazer
e agora encontro-me em contato comigo mesmo, o que sempre evitei.
gostava de olhar para os outros e procurar algum sentido que fechasse com o meu ideal de perfeição... doce engano o meu, perfeição nunca existiu...
estou preso no meio do caminho, parado, querendo me movimentar, querendo achar sentido nessa nova experiência, que ao mesmo tempo desconhecida, me parece tão familiar...
afinal, onde estou???
por que ninguém me vê???
tou cansado disso...
grito, esperneio, e o mundo permanece indiferente...
por que???
o que falta fazer agora???
Mandar sinais de fogo para então me comunicar???
espero não ter de chegar a tanto...
cheio de dúvidas, angustiado, devo dizer, antes que eu me esqueça e volte a girar o meu corpo procurando de alguma forma sair daqui...
sei lá...
isso tudo é estranho, diferente, o tempo não faz mais sentido, já não sei que dia é hoje, ou finjo não saber.
finjo não saber que a crueldade está em tudo, e que a bondade e os bons estão há muito tempo intimidados por aqueles que tanto falam e dizem propagar o bem, mas só nos entopem de cultura inútil, e de "regras de conduta" inacreditáveis, nada mais...
Agora vejo, agora percebo...
é preciso estar "invisível" para fazer constataçãos um tanto óbvias...
as pessoas são solitárias, e propagam solidão conforme andam por aí...
se juntam em grupos, dão risadas idiotas e comentam assuntos vazios juntas, mas são sozinhas, não entendem o que é de fato ser feliz, o que é estar em paz...
se tenho pena delas???
NÃO
nem um pouco, pra ser mais exato...
tenho pena do que elas não podem ver e entender, isso sim faria toda a diferença...
vida, estranha vida...
e eu vivo aqui, em meu canto, à minha maneira, ou à maneira de outros mais, mas sou eu mesmo, e gosto disso
sou "invisível", e isso já não mais me importa, pois agora eu me vejo
( e gosto do que vejo. )

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