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domingo, 29 de novembro de 2015

Throwback Musical: As trilhas internacionais da primeira metade da década (2011-2015)

Olá, criOnças! Iniciando as festas de fim de ano e aproveitando que esse blog completará 8 anos de vida no próximo 27 de março, resolvi fazer minha análise das trilhas sonoras internacionais para novelas lançadas nessa década (antes que me perguntem: uma década só começa no ano 1). Levando em conta um mal sucedido experimento de trilhas mistas, que durou meses durante esse ano, foram lançados 23 discos internacionais (ou praticamente internacionais) de 2011 até agora. Vamos ao que interessa: à analise. Como método de avaliação, utilizarei o seguinte:
+: ruim; ++: regular; +++: boa; ++++: muito boa; +++++excelente.
Dito isso, vamos à avaliação:
1- ARAGUAIA: internacional (2011) ++++


Ninguém esperava que a novela das 18 horas fosse ter uma trilha sonora internacional, depois da novela anterior no horário, Escrito nas Estrelas, ter sido um sucesso maior com ampla divulgação de temas internacionais durante a exibição e ainda assim não ter tido seu disco lançado comercialmente. Mas, para nossa grata surpresa, o disco veio e veio extremamente simpático, aproveitando as sobras da trilha sonora cancelada da novela anterior. As faixas reaproveitadas são, respectivamente I RUN TO YOU (Lady Antebellum), I NEVER TOLD YOU (Colbie Caillat) e PRAY FOR YOU (Jaron and the Long Road to Love). Temos ainda excelentes momentos no disco, como a presença (ainda que com 11 anos de atraso) de Ben Harper com sua ótima STEAL MY KISSES e a fofíssima ROLLERBLADES com Eliza Doolittle. O disco só não leva avaliação máxima por conta da estranha regravação de Fiuk para BLOWIN' IN THE WIND, de Bob Dylan. No mais, um disco enxuto e muito agradável de se ouvir sem interrupções.

2- INSENSATO CORAÇÃO: internacional - vol.1 & vol.2 (2011) ++ e ++++

 Vejam bem, não é que o volume 1 seja ruim, passa até longe disso... o que depõe contra esse disco são alguns fatores, como por exemplo: a regravação de Frejat para (I CAN'T GET NO) SATISFACTION abrindo o disco demonstra, no mínimo, uma tremenda falta de cuidado na montagem do repertório selecionado. O repertório em si não é ruim, pois temos Eliza Doolittle e Paris Wells, além de Jorge Drexler dando todo um luxo ao disco. Mas então, qual é o problema? Vejamos: não há tecnicamente problema algum em utilizar músicas antigas ou clássicas do cancioneiro internacional desde que elas se encaixem com seus personagens. Mas o que ocorre nesse disco é basicamente uma colagem de exigências bastante elitistas do autor da novela, Gilberto Braga. Por mais talentosa que seja, Alessandra Maestrini é e sempre vai ser brasileira e regravar um clássico do cancioneiro não contempla um quinto do seu alcance vocal. Não bastasse isso, temos Ornella Vanoni e sua SENZA FINE pela TERCEIRA VEZ numa trilha sonora. Todas elas do Gilberto Braga. Custava pelo menos negociar a liberação da regravação mais recente que ela tinha feito com o falecido Lucio Dalla? Outra que se repete pela enésima vez, dessa vez na interpretação de Bibi matusalém Ferreira, é MON MANÈGE À MOI, que inclusive fecha o disco. Em resumo: um disco que tinha tudo para dar certo e sofre várias quedas no meio do caminho.
Já o volume 2 veio cheio de hits da época, abrindo com Katy Perry e sua FIREWORK (uma das raras vezes que ela realmente teve sua música bem executada em uma novela), segue com Kylie Minogue e sua ALL THE LOVERS (que, por sinal, é outra sobra da trilha cancelada de Escrito nas Estrelas, no ano anterior), tem excelentes momentos proporcionados por James Blunt, Bruno Mars e Lowrider. Em resumo, seria um disco excelente, mas acaba perdendo parte do seu brilho pela má distribuição do repertório ao longo do disco. Na época de Sergio Motta isso jamais aconteceria, mas o que vemos aqui é um punhado de faixas dançantes em sequência intercalada por outra sequência de faixas lentas. Faltou equilíbrio, polarizando demais uma seleção que é eclética, mas mal distribuída. Por isso, não leva a avaliação máxima.

3- MORDE E ASSOPRA: internacional (2011) ++
Mais um caso, de vários conhecidos, de um disco que começa muito bem, prometendo empolgar e ir longe, até que os tropeços rapidamente vão nos dando consecutivos baldes de água fria. O disco abre muito bom com a então estourada ROLLING IN THE DEEP de Adele, mantém a mesma qualidade com a linda YOU & ME de David Matthews Band (em única aparição em trilhas sonoras até o presente momento), mas começa a dar sinais de que algo pode não ir bem com DEEPER, de Nova. Vejam bem: não é uma música ruim. Porém é mal arranjada, se fosse melhor produzida, o resultado teria sido outro. Segue bem com Corinne Bailey Rae regravando MY LOVE de Paul McCartney, mas sofre a primeira queda com a regravação de SOMEWHERE OVER THE RAINBOW. Toni Garrido tentou beber na fonte do falecido Israel Kamakawiwo'ole ao misturar a letra da música do mesmo jeito que o falecido cantor havaiano fez em sua regravação da música em 1993, que intercalava com WHAT A WONDERFUL WORLD. Porém, ainda há bons momentos como Shakira e sua versão em inglês de RABIOSA. Ainda assim, os tropeços seguem com a presença de Daniel Boaventura. Não considero ruim a faixa de André Leonno, UNREVEALED LOVE, principalmente por não ser cover de ninguém. Porém, a faixa foi mal mixada, deixando o canal direito bastante abafado em relação ao esquerdo, que por sua vez está com excesso de agudos. Há ainda Gotan Project salvando o disco da perda total, mas ainda assim o disco não passa de regular, bem longe de ser inesquecível.

 4- FINA ESTAMPA: internacional (2012) ++++
Sem dúvida uma das melhores trilhas sonoras lançadas ultimamente para o horário das 21. O disco veio com atraso, deveria ter sido lançado para o natal de 2011, mas por questões que envolviam demora na liberação de certos fonogramas, o disco só foi lançado em fevereiro do ano seguinte, faltando pouco mais de um mês para o final da novela. 
O conjunto do disco é todo bom, mas não concordo com Colbie Caillat abrindo o disco, tem mais cara de faixa 6. Segue com Adele, Jessie J., Coldplay, Lady Antebellum (aliás, a faixa chama-se apenas JUST A KISS e não JUST A KISS GOODNIGHT como consta grafado no disco), Beyoncé, Katy Perry (dessa vez ela não teve sorte e sua LAST FRIDAY NIGHT (T.G.I.F.) não tocou nem no encerramento dos capítulos...), Snow Patrol, Mario Biondi... enfim, os destaques são muitos e quase tudo de primeira linha. Só perde o brilho pelas presenças de Ronaldo Canto e Mello e Camané, o que impede o disco de levar avaliação máxima.

5- AQUELE BEIJO: internacional (2012) +++++
Ninguém esperava pelo lançamento desse disco. Fosse exibida hoje, a novela seria um sucesso de audiência, pois atingiria a atual meta para o horário das 19. Porém, na época, os 25 pontos preocupavam a emissora, mas não foi isso exatamente o fator determinante para o atraso recorde no lançamento do disco: o que determinou, em realidade, foi uma "briga" do autor da novela, Miguel Falabella, com o diretor de núcleo, o falecido Roberto Talma, que era conhecido por rejeitar músicas internacionais nas novelas que ele dirigisse. Porém, Miguel Falabella é colecionador aficionado de trilhas sonoras e andava insatisfeito com o fato de que suas últimas novelas (respectivamente: A LUA ME DISSE e NEGÓCIO DA CHINA), com direção de núcleo de Talma, não terem tido discos internacionais. Com isso, em janeiro de 2012 Miguel Falabella venceu Roberto Talma pelo cansaço e então uma trilha sonora internacional para a novela foi encomendada à Som Livre. O problema era o tempo que restava para o lançamento: 3 meses. Exatamente o período que costumeiramente duram os trâmites que envolvem a liberação de fonogramas para os discos. Praticamente de imediato as músicas começaram a tocar na novela, mas não havia perspectiva de lançamento e a novela se aproximava de seu fim. Todos foram surpreendidos, no final de março de 2012, com a pré-venda do disco, a ser lançado em 3 de abril, faltando 10 dias para o final da novela. Ainda assim, o disco só foi lançado para vendas pela internet, em tiragem limitada de 2000 exemplares (um deles é meu, então além de mim, apenas mais 1999 pessoas possuem esse disco). Alguns deles pararam em lojas físicas meses depois, porque o próprio serviço de entrega pela internet atrasou em mais de um mês (fui receber o meu somente em 30 de maio de 2012). Há reclamações por parte de alguns consumidores de que a faixa 10 possui um defeito aos 27 segundos, o que seria um problema da prensagem, mas pelo menos o meu disco veio sem problemas na prensagem. Vamos ao que interessa:
Apesar de contar com apenas 12 faixas, o disco é excelente. Uma clara prova de que quantidade está muito longe de significar qualidade. São 46 minutos muito bem aproveitados. O disco começa com Donna Byrne (primeira de vários artistas do casting da gravadora californiana Heavy Hitters a ter música em novela) com ADORE. Segue com Shakira e sua ótima balada ANTES DE LAS SEIS. Roxette, depois de um hiato de 11 anos sem figurar em nenhuma novela, retorna triunfante com NO ONE MAKES IT ON HER OWN, seguidos de Julio Iglesias e sua regravação para UNO (que utilizou os mesmos arranjos da versão em português da música, SONHO TRISTE, na novela De Corpo e Alma, em 1992, porém dessa vez um semitom abaixo). O disco ainda emplaca mais uma excelente música do italiano Mario Biondi, BE LONELY, seguido de Taylr e sua TIME TO FLY. Laura Pausini retorna competentemente às novelas com BENVENUTO, seguida de Joe Jonas e JUST IN LOVE (novamente: a faixa veio grafada erroneamente como JUST IN LOVE WITH YOU no disco) e Renato Russo em sua excelente regravação de La Forza Della Vita, de seu disco Equilíbrio Distante, de 1995. Embora a faixa já tenha servido à novela O REI DO GADO, foi um repeteco válido, embora nunca tenha sido de fato executada em AQUELE BEIJO. Patty Ascher, cantora brasileira, regrava I SAY A LITTLE PRAYER lindamente e é seguida por Alessandra Maestrini regravando Chico Buarque em versão em inglês composta por ela mesma para I LOVE YOU (EU TE AMO). Um deslumbre, com uma pegada smooth jazz interessantíssima. Até mesmo a regravação um tanto histriônica de Quattro para I DON'T WANT TO MISS A THING se salva nesse disco, pelo irrepreensível conjunto da obra.

6- AMOR ETERNO AMOR: internacional (2012) ++++
Foi outro disco que atrasou um bocado para ser lançado, mas ainda assim, chegou às lojas com pouco mais de um mês faltando para a novela das 18 acabar. Veio também em tiragem mais generosa, com direito a 12000 exemplares. Assim como o disco analisado acima, é outro que prioriza qualidade e não quantidade. Contando com apenas 11 faixas, é um disco muito agradável de se ouvir.
O disco abre com BEFORE I LET YOU GO de Colbie Caillat, segue com a interessante LAREDO, da Band of Horses, sucedidos pela versão radio mix de I WON'T GIVE UP de Jason Mraz (aliás, essa versão omite parte da letra original, sem maiores explicações). Billy Ray Cyrus e sua ACHY BREAKY HEART marcam presença pela terceira vez em trilhas sonoras. A primeira vez, já com 4 anos de delay (a canção é do final de 1992), foi no volume 4 de Malhação, lançado em 1996. A segunda vez, na trilha sonora de América, em 2005. Ainda assim, a canção serviu bem à trama, porque tinha contexto. Logo depois vem a interessantíssima GHOST RIDERS com Evan Westerlund, que possui excelente arranjo e produção. O mesmo não se pode dizer da equivocada regravação de Dan Torres para SOLITARY MAN. Donna Byrne marca seu segundo gol em trilhas sonoras com a bela FOR ONE MORE DAY, seguida de Julio Iglesias com EL DÍA QUE ME QUIERAS (repeteco de Salsa e Merengue, de 1996). John LT vem esforçado em PROMISES (erroneamente grafada no disco como PROMISSES), porém a produção da canção parece precária. Diretamente dos anos 70, em gravação original, Bread nos presenteia os ouvidos com a linda EVERYTHING I OWN. Quanto à última faixa... bem, não é que a Bia Sion cante mal, longe disso, mas a interpretação dela para THE MAN I LOVE não ficou boa e apagou um pouco o brilho do disco, que poderia fechar perfeitamente com 10 faixas em vez de 11.

7- AVENIDA BRASIL: internacional (2012) ++++

Outro bom disco, bastante executado dentro da novela. Abre com Taylor Swift (sem Paula Fernandes... desculpe, Paulinha, gosto muito de você, mas foi melhor assim...) e sua LONG LIVE, segue com Adele e SET FIRE TO THE RAIN (que havia sido single um ano antes), surpreende com Mayer Hawthorne e sua bela FINALLY FALLING, seguindo com Coldplay e sua CHARLIE BROWN. Lana Del Rey estreia em trilhas com VIDEO GAMES, Katy Perry marca presença com THE ONE THAT GOT AWAY (e a tadinha, novamente, não teve a música tocada na novela... foi a única que nunca tocou nem em encerramento, teve espaço até pro Paul McCartney em algumas cenas do Marcello Novaes...), segue com Gloria Estefan sensacional com HOTEL NACIONAL e ainda tem Shakira competente em ADDICTED TO YOU. Nem preciso falar que adoro Bajofondo, mas... INFILTRADO é ótima e caía como uma luva para a Carminha de Adriana Esteves. Paul McCartney, depois de mais de 40 anos de carreira solo, marca sua presença única (até o momento) em trilhas sonoras com THE GLORY OF LOVE. Lionel Richie regrava com Shania Twain sua ENDLESS LOVE, seguido de Cattle & Cane com a bonita BELLE. Ellison Chase é oficialmente o segundo artista do casting da Heavy Hitters a entrar em novela com SHE'S GOT EVERYTHING, mas o arranjo e a produção da música deixam a desejar. De qualquer forma, um disco muito agradável.

8- SALVE JORGE: internacional (2013) ++++

Surpreendentemente, veio com 19 faixas. Mas o que poderia ser excesso de informação passou bem longe disso. Num geral, é um disco com ótimo repertório, ainda que eu discorde da ordem de algumas canções ao decorrer dele. Isso começa pela abertura, a regravação de Jesuton, cantora inglesa radicada no Brasil, para I'LL NEVER LOVE THIS WAY AGAIN. Vejam bem: ela é talentosa e isso é inquestionável, porém a gravação não tem cara de abertura de disco. Segue com 93 MILLION MILES de Jason Mraz, sucedido por Coldplay, Taylor Swift, Luis Miguel e até mesmo Ana Carolina com Tony Bennett. Colbie Caillat, Aerosmith, Lana Del Rey, Dionne Warwick, Ellie Goulding, Enrique Iglesias, Allen Stone, Mister Jam e Alicia Keys seguem o baile tranquilamente. Cyndi Lauper retorna mais de 20 anos depois com a interessante SHATTERED DREAMS. P9, boyband brasileira que tentou emplacar - sem muito sucesso, bem verdade - comparece com MY FAVORITE GIRL, uma canção bobinha mas boa. O problema é que ela parece ter sido retirada de fonte de baixo bitrate ou utilizaram muitos filtros na masterização. Soou esquisita. Ordinarius, grupo vocal carioca encabeçado por Augusto Ordine, regrava AS LONG AS YOU LOVE ME dos Backstreet Boys em um estilo interessante. Para finalizar o disco, Rod Stewart, repetido de Chocolate com Pimenta, comparece com I'M IN THE MOOD FOR LOVE (Gloria Perez tava fixada nessa música já em Caminho das Índias, cabe ressaltar... mas aos 45 do segundo tempo trocaram pela gravação do Daniel Boaventura).

9- GUERRA DOS SEXOS: internacional (2013) +


 Internacional? MESMO? Não é o que parece. Ficou com o título, mas seria mais pertinente colocar volume 2 em vez disso. Pelo menos, seria mais honesto com o consumidor. Excetuando as duas primeiras canções (SHADOW DAYS de John Mayer e GLITTER AND GOLD de Rebecca Ferguson, ele estadunidense e ela britânica) e as duas últimas faixas, todas as demais 11 faixas são de artistas brasileiros. Começa com Ronaldo Canto e Mello (pelo amor de Deus, ninguém avisou esse senhor que só timbre não resolve o problema de semitonar quando precisa REALMENTE cantar?) e vai seguindo com Dan Torres, Caetano Veloso, Fleeting Circus (ok, devo admitir que gosto muito dessa banda, esses cariocas são competentes, mas precisam melhorar o inglês... não é preciso soar como nativo, mas pelo menos se tornarem mais compreensíveis já estaria de bom tamanho), JESUS LUZ (ISSO MESMO QUE VOCÊ, INCAUTO LEIGO, ESTÁ LENDO: O ETERNO EX DA MADONNA QUE INCLUSIVE TENTOU SER ATOR NA NOVELA E TAMBÉM NÃO DESLANCHOU), enfim... é tanta coisa fora de lugar que não sei nem por onde começar ou continuar. Salvam-se nisso Deborah Blando, Lan Lan (ótima, ainda que de espanhol BEM abrasileirado) regravando 40 GRADOS e Divalola. Porém, nada disso livra o disco do fardo de pior trilha sonora lançada nos últimos 5 anos. Foi mal, mas não deu pra esse disco.

10- FLOR DO CARIBE: internacional (2013) ++++
Em compensação ao disco acima, a trilha sonora da novela das 18 foi uma grata surpresa, do começo ao fim. Não há nenhuma faixa que esteja fora do lugar. Lançado em 24 de julho no RS (onde a novela foi um fenômeno de audiência) e em 31 de julho no resto do país, FLOR DO CARIBE: internacional já começa classudo com Gaby Moreno e a linda BLUES DE MAR, segue com a versão ao vivo de ES POR TI de Juanes. John Mayer comparece com a bela LOVE IS A VERB, seguido de Matt Nathanson e a praiana BOTTOM OF THE SEA. O clima segue agradável e tranquilo com MI NOVIA SE ME ESTA PONIENDO VIEJA de Ricardo Arjona, seguido de SABIA MANERA de Juan Luis Guerra, um interessante bolero moderno. Maria Gadú manda bem em LIKE A ROSE (que seria repetida em outro disco 2 anos depois, já chegamos lá...), Tiago Iorc sempre ótimo com IT'S A FLUKE. Sam Harris regrava IF de maneira minimalista e certeira e é seguido pela ótima QUÉDATE (aliás, essa canção veio creditada com uma série de erros no disco: de fato, a versão que tocava na novela era sim AMBIENT MIX, mas a que parou no disco - bem melhor, diga-se de passagem - foi MOONSHINE MIX, aqui editada em 5'26 por ter sido extraída de uma coletânea nonstop, mas os erros não param por aí: embora a faixa seja de fato do duo Blank & Jones, foi omitido no disco a participação de Mike Francis - a.k.a. Mystic Diversions, um de seus projetos enquanto ainda era vivo. Mike morreu em 2009 aos 47 anos. Também não são creditados os vocais de Laura Serra, a voz feminina da canção). Pet Shop Boys comparece lounge em INVISIBLE, seguidos do carioca Kevin White com a teen THE REASON OF MY SMILE. Jesuton marca seu segundo gol em novelas com a regravação de HOLOCENE, original de Bon Iver. Ainda tem Mystic Diversions com os vocais de Farias em INMENSIDAD, a instrumental DREAMING ABOUT ANOUSHKA de Buddhattitude, a excelente gravação em espanhol de Jarabe de Palo para A GAROTA DE IPANEMA, aqui chamada de LA CHICA DE IPANEMA, com os vocais de Tere Bautista e guitarra de Josemi Carmona. Para fechar o disco, o gaúcho Antonio Villeroy com sua NOSTALGIA PASAJERA. Um belo disco para relaxar e curtir.

11- SANGUE BOM: internacional (2013) ++++

Parece que a Som Livre aprendeu a lição depois do desastroso resultado de GUERRA DOS SEXOS "internacional", pois aqui temos o segundo bom disco consecutivo depois de um notável equívoco. Nenhuma das músicas foi desperdiçada na trama, pois a servia muito bem. Vamos às faixas: The Lumineers abrem com a boa HO HEY, seguidos por Phillip Phillips e sua HOME. Sem dúvidas, o grande hit desse disco foi SOME NIGHTS, de fun. (assim, em letras minúsculas e com ponto final, mesmo). Uma excelente canção, pra cima e ao mesmo tempo com a letra de profundo significado. Alanis Morissette segura bem com GUARDIAN e Calvin Harris era outro que estava bombando nas rádios com FEEL SO CLOSE. Meio destoante do restante, Justin Bieber só apareceu na sexta faixa porque estava de passagem pelo Brasil (desastrosa para a imagem do rapaz, por sinal... what a shame). Seguimos com Swedish House Mafia e seu último single DON'T YOU WORRY CHILD (o supergrupo se separaria logo depois), aqui em versão exclusiva. Emeli Sandé e sua NEXT TO ME empolgam quem ouve e logo depois temos The Beach Boys com THAT'S WHY GOD MADE THE RADIO. Outro grande momento do disco é proporcionado pela banda britânica Muse com a excelente MADNESS. A trilha segue com Gossip e sua MOVE IN THE RIGHT DIRECTION, para depois vir Jesuton regravando Céline Dion com BECAUSE YOU LOVED ME. A única coisa que estraga um pouco é a presença de Ronaldo Canto e Mello regravando THEME FROM NEW YORK, NEW YORK. Ainda que a gravação de Edson Cordeiro para MERCEDES BENZ tenha servido ao remake de Pecado Capital em 1998, é uma boa maneira de se encerrar o disco. Aqui, a faixa vem com a introdução editada, sem a citação do cantor à canção I SAY A LITTLE PRAYER, provavelmente motivado por algum impedimento legal (o que obrigaria a Sony Music, detentora do ISRC, a pagar novamente por direitos liberados 15 anos antes, tanto que no disco nota-se que por conta do corte feito na introdução, a faixa teve de ser registrada em outro ISRC).

12-AMOR À VIDA: internacional (2013) +++++
 Até o momento, a melhor trilha sonora lançada na década. Não tem absolutamente nada fora do lugar. Todas as faixas foram muito bem executadas dentro da trama e serviram muito bem a ela. Aqui temos Bruno Mars com WHEN I WAS YOUR MAN, P!nk e Nate Ruess com JUST GIVE ME A REASON. Heather Small chega com 13 anos de atraso com a lindíssima PROUD, que caiu como uma luva para o Niko de Thiago Fragoso. Ainda temos Alicia Keys, Daft Punk, 30 Seconds to Mars, Miley Cyrus, a portuguesa Aurea, soando perfeitamente como blue-eyed soul britânico, David Bowie, Rod Stewart, os argentinos da Groovy Waters, os brasileiros da P9 com uma boa balada, Casey Thompson, Caetano e a maravilhosa Mariella Nava com CI SONO PENSIERI. Pra quem não sabe, ela é a compositora de PER AMORE, eternizada por aqui na voz de Zizi Possi. Um disco excelente do começo ao fim.

13-EM FAMÍLIA: internacional (2014) +++
  Num geral, é um bom disco, porém veio com alteração de pitch em 3 faixas, todas elas lentas demais. São elas: L'AMOUR/ Ana Cañas, CHANGE YOUR MIND/ Bill Cinque e ARE YOU EVER COMING HOME/ Eric Berdon. Esse erro crasso na masterização tirou parte do brilho do disco, mas vamos ao restante: O disco abre bem com Beyoncé e sua PRETTY HURTS, segue bem com Mister Jam & Cymcolé, Ellie Goulding, Lana Del Rey (aqui atrasada, BORN TO DIE havia sido single 3 anos antes), Laura Pausini, James Blunt, Valeria Sattamini (com a interessante releitura em francês de FUTUROS AMANTES de Chico Buarque, aqui chamada LA VILLE ENGLOUTIE), Mary Wilson, Ricardo Arjona e Gaby Moreno, Kevin White, Cadu Valle (numa gravação BEM apagada para THE DANCE de Garth Brooks...), Dan Torres estragando com THE WAY YOU LOOK TONIGHT... enfim: é um disco que promete, até cumpre em partes, mas decepciona pela forma que foi tratado pela própria Som Livre.

14- MEU PEDACINHO DE CHÃO: internacional (ou trilha sonora original da banda DeVotchKa!) (2014) ++++
Uma grata surpresa. Confesso que nunca pensei que viria alguma trilha sonora parecida com essa, mas o resultado foi muito interessante. Única ressalva: foi lançada em digipak, formato de estojo que repudio com todas as forças. Todas as 14 músicas casaram perfeitamente com o clima lúdico e fantasioso que a novela pedia. Ótimo disco. 

15- BOOGIE OOGIE: internacional (2014) ++++
 Uma excelente coletânea de hits do final dos anos 70, sem dúvida. Apesar de ser um excelente disco, não leva a avaliação máxima pois pouco ou nada serviu à novela. Quando serviu, parecia inverossímil. É como se encaixassem situações forçadas e nada espontâneas para as músicas tocarem, muitas vezes. Com isso, perdeu parte do brilho. Abaixo, você pode conferir a tracklist:01. BOOGIE OOGIE OOGIE – A Taste of Honey 
02. CELEBRATION – Kool and The Gang
03. DANCE DANCE DANCE (YOWSAH) – Chic
04. THAT´S THE WAY (I LIKE IT) – KC and The Sunshine Band
05. DISCO INFERNO – The Trammps
06. RING MY BELL – Anita Ward
07. SEPTEMBER – Earth, Wind & Fire
08. JUST THE WAY YOU ARE – Barry White
09. HEART OF GLASS – Blondie
10. GOT TO BE REAL – Cheryl Lynn
11. IF I CAN´T HAVE YOU – Yvonne Elliman
12. FANTASY – Earth, Wind & Fire
13. HOT STUFF – Donna Summer
14. GOT TO GIVE IT UP (PART 1 AND 2) – Marvin Gaye
15. I GO TO RIO – Peter Allen
16. YOUR SONG – Elton John
17. LOVE HANGOVER – Diana Ross 


16- IMPÉRIO: internacional (2014) ++++ 
Honestamente? Não havia a mínima necessidade de repetir a música da abertura nesse disco, pois já fechava o primeiro volume da trilha sonora nacional. Pior ainda: a faixa ABRE o disco, sem força suficiente para isso. Em vez de 15, poderia ser um disco de 14 faixas. Apesar disso, temos Coldplay, Ed Sheeran estreando em trilhas sonoras com SING, Imagine Dragons, Moby, a sempre ótima Birdy, Carla Bruni (repeteco de Belíssima: QUELQU'UN M'A DIT estava lá 8 anos antes), Michael Bolton, Jason Mraz, Pharrell Williams, Nico & Vinz, Information Society rompendo um hiato de 22 anos sem entrar em novelas com LAND OF THE BLIND, Silverchair, Jamz e John Barry completam o disco.

17- ALTO ASTRAL: internacional (2015) +++
Aqui, o problema nem é tanto pelas canções presentes no disco: o problema é que discordei fortemente da ordem das faixas. É evidente que STAY WITH ME do Sam Smith estava estouradíssima, mas... tem força pra abrir um disco? NÃO. O lugar dela deveria ser lá pela faixa 8 ou 9. O disco segue no mesmo clima romântico choroso ao som de ALL OF ME de John Legend, animando depois com American Authors e BEST DAY OF MY LIFE, seguindo bem com Cymcolé sendo fofa em NO, NO, NO. Gloria Estefan apresenta uma boa regravação de THE WAY YOU LOOK TONIGHT (sobra do disco cancelado de O REBU no ano anterior), seguida da talentosíssima Kathryn Dean com a bela LOVE YOU FOREVER AND A DAY. Na sequência, temos Xavier & Ophelia com RIGHT BY YOUR SIDE e Michael Kisur com MY CITY NOW. Ainda temos Juanes com LA LUZ e Sergio Mendes & John Legend com DON'T SAY GOODBYE, mas... o que vem a partir daí é uma colcha de retalhos brasileira, a começar pela regravação de Caetano Veloso para CRY ME A RIVER, seguido de Dan Torres regravando UNCHAINED MELODY. Exceção em partes acontece na faixa seguinte porque Trijntje Oosterhuis divide os vocais com Daniel Boaventura em TIME STAND STILL. Bela canção.
Ainda: Nana Caymmi com VERDAD AMARGA, Cluster Sisters com SING SING SING e, para fechar o disco, Fleeting Circus com Ghost Writer.


18-BABILÔNIA vol.1 (2015) ++

 Aqui começou um retrocesso disfarçado de evolução: ficou determinado que as trilhas sonoras viriam mistas a partir de então, mas o que se viu na prática, nesse disco, foi um serviço muito mal feito. Somente INK, de Colplay, merece menção, para se ter uma ideia da situação. Sim, estou aqui para falar das internacionais, então não faz sentido falar sobre as músicas nacionais, não é mesmo? Segue o baile...

19- I LOVE PARAISÓPOLIS vol. 1 (2015) +++


 Um disco bem mais simpático do que imaginei que seria, num primeiro momento. Ed Sheeran aparece novamente em novelas com THINKING OUT LOUD, Claudia Leitte, apesar de ser um ser humano insuportável, não faz feio em SIGNS. Simply Red comparece com uma regravação de 2005 para FOR YOUR BABIES, originalmente de 1991, seguido de Meghan Trainor e ALL ABOUT THAT BASS. Para não dizer que tudo são flores, Ronaldo Canto e Mello (erroneamente grafado como Ronaldo DO Canto e Mello) destrói com I GET A KICK OUT OF YOU. As nacionais, num geral, não decepcionam, mas é como já falei ali acima: o foco aqui é internacional, então, próxima...

 20- SETE VIDAS: internacional (ou vol.2) (2015) ++++
Um belo disco. Abre com a música de abertura da novela, uma emocionante regravação de Tiago Iorc para WHAT A WONDERFUL WORLD, levemente inspirado na regravação de 1993 de Israel Kamakawiwo'ole. Maria Gadú vem de repeteco (de Flor do Caribe) com LIKE A ROSE, mas serviu bem à trama. Até mesmo Dan Torres não decepciona ao regravar BLOWING IN THE WIND. Outros destaques:
-IN YOUR LIGHT/ Jon Allen
-DECEMBER DAYS/ Tim Hanauer

-MON COEUR N'EST PLUS DOUX/ Tó Brandileone
-DOIN' GREAT/ Emi Meyer
-NIGHT AND DAY/ Jon Allen
-QUIET ONE/ Big Little Lions.
Perdeu a avaliação máxima por conter repeteco.

21-BABILÔNIA vol.2 (2015) ++
Um disco que, assim como o primeiro volume, se perde em meio à tanta informação desencontrada e acaba não dizendo a que vem, ou seja: não possui uma identidade. Única exceção é para Sam Smith com sua I'M NOT THE ONLY ONE, bastante executada durante a novela. A outra música internacional que se destacava na novela, DIVISIONARY (DO THE RIGHT THING) de Ages and Ages, acabou não sendo incluída em nenhum dos discos lançados, não se sabe se foi por conta da bagunça que assolou a Som Livre por meses ou se a liberação do fonograma foi barrada de última hora (teoria da qual duvido, pois consegui a liberação da música em questão de dias, para uma coletânea lançada mês passado...)

22- I LOVE PARAISÓPOLIS vol. 2 (2015) +++
Não chega a ser marcante, mas tem bons momentos. Charli XCX, Mark Ronson (com Bruno Mars) e Ce'Cile dão conta do recado direitinho.
Pouco antes do lançamento do disco, foi divulgada uma tracklist em ordem diferente e contendo uma música que nunca sequer tocou na novela e nem esteve cotada para entrar no disco (no caso, LOVE ME LIKE YOU DO, da Ellie Goulding). Alguns incautos compradores reclamaram, se sentindo lesados. Nunca confie nas informações preliminares soltas pela internet, meu amigo... nunca confie.


23- A REGRA DO JOGO: internacional (2015) ++++
Para nossa alegria, não durou nem 6 meses a dança das cadeiras desconjuntadas dentro da Som Livre e voltamos recentemente ao velho molde de um disco nacional e outro internacional (será que foi pelo fracasso de venda dos discos mistos? que peninha, não é mesmo?)
A única coisa que discordo com a ordem das faixas, novamente. Tem coisa que tá no começo e deveria estar pro final, assim como coisa que deveria estar no começo, está lá pro final do disco. Ainda assim, é um disco repleto de sucessos e canções excelentes. Destaco: Mapei, Sam Smith, a sempre talentosa (e simpaticíssima, como eu mesmo pude atestar) Kathryn Dean, X-Ambassadors, Sia, Kygo, Major Lazer e Jason Derulo. O único motivo pelo qual não leva avaliação máxima é, como já citei acima, a ordem bastante equivocada das faixas. Mas um disco desses, num momento como esse, é mais que bem vindo. Para aqueles que determinavam o fim das trilhas sonoras para esse ano, alguns anos atrás, sinto informar, mas as trilhas sonoras tem uma boa sobrevida pela frente. Nós, consumidores (que compram o disco físico, ouviram? Baixar na internet não é possuir uma trilha sonora, que envolve todo um conceito, desde o disco em si a todo o trabalho de arte impressa no encarte...), só temos a agradecer!
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Por hoje é só, criOnças! Críticas? Sugestões? Podem falar, porém quem decide sempre sou eu HAHAHAHA XD

2 comentários:

Unknown disse...

Sempre frequento o blog e gosto muito do que você escreve, aí então, lendo o texto e você sempre dizendo que algumas trilhas possuem a ordem das faixas equivocadas fiquei curiosíssimo pra saber quais seriam, na sua opinião, a ordem certa das faixas dessas trilhas que você citou! já tenho até nome pro post: "Brincando de Som Livre" ou "Corrigindo a Som Livre"! Tive essa impressão com a faixa a abertura da trilha de A Regra do Jogo: acho Alabama Shakes fraco pra abertura, preferia X Ambassadors e a força de Renegades. Outra sugestão, analise as trilhas de Malhação, pois achei este último lançamento o melhor dos últimos 7 ou 8 anos. Abraços.

Unknown disse...

Como baixo esses CDs aí?? ?