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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Sobre o Silêncio e Seus Opostos

Calo
A minha boca dentro da minha mente
A mascarar o sentimento presente
A fim de me livrar do medo constante
De me perder em dores lancinantes

Falo
Porque o silêncio é muito barulhento
E não parece me trazer um alento
Às antigas chagas que aqui carrego
E me defende do que ainda é incerto

Em mil transbordos quase me afogo
Mas num repente tua mão me toca
E minha esquiva alma não se isola
Não afundei porque eu vi teus olhos

Calo
Convenientemente tudo o que dói
Na esperança de que o amor destrói
Todas as sombras que me assustavam
E a luz revela o que os olhos procuravam

Falo
De coração aberto mais que a mente
A se encaixar fiel e fortemente
Na harmonia que abranda e cura
E determina o fim da procura

Em mil pedaços nós nos refazemos
E num repente te convido à dança
E minha essência volta a ser criança
Não nos largamos, pois juntos crescemos

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