Unofficial: As Três Marias: internacional (1981)

olá, criOnças! Como vocês sabem, até o ano de 1982 as novelas das 18 horas na Globo não tinham trilhas sonoras internacionais, pois a maioria das tramas apresentadas no horário eram de época. Na década de 70, apenas compactos eram usualmente lançados como trilha sonora para essas tramas. Mesmo com o gradual avanço, mais pro final da década, com o lançamento de trilhas sonoras em 12 polegadas, até mesmo tramas modernas, como "As Três Marias", ficaram sem trilha sonora internacional. A Som Livre, à época, não queria arriscar e apostar suas fichas em discos que provavelmente não venderiam tanto, uma vez que a audiência do horário sempre foi conhecida por ser de intermitente a baixa, durante muito tempo. Somente em 1982 o selo Opus/Columbia, da antiga CBS, hoje Sony Music Entertainment, tomou a frente das trilhas sonoras das tramas do horário das 18 horas na Globo. Foram necessários mais 3 anos e alguns sucessos de aceitação e vendas para que a Som Livre finalmente assumisse, em outubro de 1985, a fabricação dos discos das novelas das 18 horas da Globo, assim que entrou no ar a novela "De Quina Pra Lua".
Tramas como "As Três Marias", exibida de 10 de novembro de 1980 a 16 de maio de 1981, em 156 capítulos, escrita por Wilson Rocha e Walter Negrão, baseada no romance de Rachel de Queiroz, por mais que fossem modernas e ambientadas nos tempos "atuais" ficaram sem um segundo disco, tendo apenas o disco nacional de costume, ainda à época, sob a batuta da Som Livre.
Para fechar o repertório deste disco, pesquisei os charts do final de 1979 a meados de 1980, visto que as canções só chegavam aqui no Brasil com algum atraso, na época.
O disco conta com ABBA, Gibson Brothers, The Three Degrees, Gary Numan em dose dupla, primeiro solo e depois com a banda que o revelou, Tubeway Army, que fecha o disco. Ainda há espaço para The Sugarhill Gang com "Rapper's Delight", que aqui no Brasil levou o subtítulo de "Melô do Tagarela", numa época que o rap era quase desconhecido por aqui e associações equivocadas ao estilo eram aceitas com facilidade. "Rapper's Delight" acabou por se metamorfosear no conhecido "aserehe ha dehe/ dehebetubehebereseibiunouba/ amahabi andebugui andebuididipi" de "Ragatanga" com Rouge, que já era uma versão de "The Ketchup Song (Asereje)" com Las Ketchup, que basicamente falava de Diego, um sujeito que entrou em transe ao som da canção que gostava, mas que a cantava sem saber falar uma palavra de inglês.
É isso... espero que gostem.
Ah, não podia esquecer: a capa foi inspirada no trabalho do falecido Wanderson Lucas Nascimento, desaparecido no último 4 de abril, vítima de uma pneumonia, sendo assim, uma espécie de homenagem póstuma ao dono dos blogs "Vale Treis Reau" e "Eu Ovo Música". That's it.

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