Chegou a hora da segunda parte da análise das trilhas sonoras internacionais dos anos 90 pelo Rearview Mirror da Saladificador. Aqui, serão analisadas as 20 trilhas sonoras internacionais lançadas de 1996 a 2000, quando a década, de fato, acabou. Bora conferir? Sempre reforçando que o critério é: ★ (ruim), ★★ (regular), ★★★ (boa), ★★★★ (muito boa), ★★★★★ (excelente).
23- Explode Coração Internacional (1996) ★★★★
Apesar de ser uma trilha sonora muito boa, não leva a nota máxima por alguns fatores, que são: a masterização esquisita, com separação das faixas intermitente (o que ocorreu, de maneira mais sutil, em Cara e Coroa internacional), o revival de Santa Esmeralda apenas por ter influências flamencas - que são PARTE da influência das culturas Romani no ocidente, mas como eu tenho local de fala por ser de fato Romani, garanto que há uma diversidade cultural entre nós que certamente não será alcançada por exotificadores das culturas alheias, mas enfim... - e a baixa execução na novela, de fato: 6 faixas nunca tocaram nos capítulos da novela. Destaca-se pela presença de Take That, Big Mountain (que não tocou na novela), Collective Soul, Los Del Río e Carlos Oliva y Los Sobrinos. Os brasileiros obscuros da Cannibals não comprometem. Um disco muito bom, mas que não tem completamente a cara da novela.
24- Quem É Você Internacional (1996) ★★★★
Tocou na novela? Todinha. Todas as 14 faixas. Por que não leva nota máxima, mesmo sendo um disco bom demais? Primeiro: lembram das masterizações capengas que haviam começado no final de 1995? Em 1996, até setembro daquele ano, todos os CDs vieram com o acabamento das faixas meio porco. Ocorre aqui, novamente. E, em segundo lugar, o coitado do Alexandre Flores sob o pseudônimo de Alessandro tendo seu talento triturado por uma equalização pra lá de esquisita e um reverb desnecessário em sua versão em espanhol de Mulheres, que virou Mujeres. Estragou bonito o final do disco. Mas é um disco muito bom que foi muito bem aproveitado na novela, contendo os maiores hits de Everything but the Girl e Joan Osborne abrindo o CD. Conta ainda com a primeira participação de Céline Dion em trilhas sonoras, com a incrível Because You Loved Me, de Diane Warren, uma das maiores compositoras dos tempos atuais. Mary J. Bllige faz sua única participação em trilhas sonoras até o presente momento, assim como Melissa Etheridge. Hit atrás de hit, mas que aqui, deu certo. Não leva avaliação de excelente por causa dos defeitos já apontados.
25- Vira-Lata Internacional (1996) ★★★★★
Apesar de ter talvez a masterização mais defeituosa de 1996 (que, além de trazer os acabamentos esquisitos, ainda traz overcompensação espectral a ponto de gerar distorções audíveis em todos os formatos nas faixas 8, 11 e 12), é um disco maravilhoso do começo ao fim, pra ninguém botar defeito. 13 das 14 faixas tocaram na novela, ficando apenas Monica e sua Before You Walk Out of My Life de fora, o que é uma pena, pois a então garota de 15 anos estreava com tudo pelo mundo. Conta com a presença de Take That se despedindo temporariamente para entrar num hiato que lançou as carreiras solo de Gary Barlow, Mark Owen e Robbie Williams numa regravação pra lá de inspirada de How Deep Is Your Love, dos Bee Gees, Ambra em sua versão em espanhol de Lunedì Martedì, que obviamente virou Lunes Martes, Double You em seu melhor momento do álbum Forever, com a faixa Gonna Be My Baby, Gianluca Grignani e os brasileiros da Silent que, liderados por Gustavo Andriewiski, estão muito longe de ser enchedores de linguiça. A banda segue na ativa, mesmo após a morte de Alexandre França num deslizamento de terra no RJ durante uma enxurrada. Pra encerrar, Black Wood manda um house daqueles bem raiz em Ride on the Rhythm.
26- Anjo de Mim Internacional (1996) ★★★★
Amo de verdade esse disco, mas... não posso ser injusto: não pode levar nota máxima, pois sete faixas - METADE do disco - nunca tocou na novela. É um disco maravilhoso, como coletânea, mas que pouco serviu como trilha sonora na novela. Excetuando Simply Smooth e sua Lady (You Bring Me Up), todas as demais que tocaram são lentas ou românticas. Compatível com a novela? Com certeza, mas frustrante que tão pouco de um disco tão incrível tenha sido aproveitado na novela, que não ia bem de audiência. Conta com a presença de No Mercy, Max-a-Million (não Milian), Alanis Morissette (e não Morrisette), Toni Braxton, Soraya em sua única participação em trilhas sonoras (10 anos depois, ela nos deixaria, por um câncer de mama), enfim... um disco muito gostoso de se ouvir, mas que pouco serviu à novela. A partir daqui, a masterização dos discos volta ao devido lugar.
27- Salsa e Merengue Internacional (1997) ★★★★★
12 das 14 faixas tocaram na novela. Serviu, com excelência, à inovadora novela de Miguel Falabella. Além de Azúcar Moreno (puxando a sardinha pro meu povo: vocês sabiam que elas são Romani? Pois fiquem sabendo) com a animadíssima Sólo Se Vive Una Vez, um dos hits da novela, ainda tem Michael Jackson em sua única participação em trilhas sonoras de novela nos anos 90, com Why (ao lado dos garotos do 3T), Luis Miguel botando todo mundo pra dançar e saindo de seu lugar comum com Dame, Gottsha se disfarçando de Tita e fechando o disco com a ótima Come to Me... aqui o clima é maravilhoso, gente. Não tem como não levar nota máxima. Efetivamente o disco somente foi lançado na segunda quinzena de janeiro de 1997, apesar de constar 1996.
28- O Amor Está no Ar Internacional (1997) ★★★★
Não é minha trilha sonora preferida, mas preciso ser justo: além de ter ótimos momentos, tocou INTEIRINHA na novela. E é pra isso que uma trilha sonora serve, não é mesmo? Vai muito além de gostos pessoais, pois no fim do dia eu penso que as pessoas tem uma tendência a valorizar demais as suas próprias opiniões, mas eu mesmo evito opinar sobre o que não sei e, mesmo sabendo, prefiro ir pelo caminho mais racional e pouco externar meus gostos pessoais, pois não sou formador de opinião e nem quero ser. Seguindo: o disco abre com Laura Pausini e sua Due Innamorati Come Noi, segue com Phil Collins e a bonita The Same Moon que, ora bolas, combina com a novela, AZ YET se juntando a Peter Cetera na releitura de Hard to Say I'm Sorry, num remix um pouco mais encorpado que a versão de álbum, ainda contando com a presença de Silent, brasileiríssimos e cheios da graça (sim, pessoas: Silent é uma banda de fortes influências cristãs) com a excelente Bitter Tear, editada em seu miolo, perdendo todo o seu bridge e a letra pertencente a esse trecho, No Mercy aparecendo pela segunda vez em novelas, The Braids regravando Queen em Bohemian Rhapsody, Tevin Campbell sempre ótimo em Back to the World (não tem o Come no título, apenas na letra), ainda tendo Babyface, Alexia e Karina com Double You fechando o disco. Ah, sim: todo o disco de Karina, Vidas Nuevas, é em MPEG. Coisas da Spotlight, gente...
29- Zazá Internacional (1997) ★★★★
Apesar dessa trilha sonora ser incrível e ter tocado muito na novela, não leva nota máxima pela incompatibilidade com a própria novela: nem sempre tocar bastante significa combinar com o clima proposto pelo texto e pela direção. É o que ocorre aqui: um disco que chega a soar melancólico para uma novela que abusava da comédia nonsense (tão nonsense que foi uma novela péssima, mas enfim...). Não tem música ruim aqui. Tudo soa bem, no disco, mas no fim das contas, é uma boa coletânea e é assim que deve ser ouvido esse disco. Ah, tem uma curiosidade aqui: as faixas 6 e 13 trocaram de lugar no formato K7, por questões de equiparação de minutagem. Foi a última vez que isso aconteceu, no formato que foi extinto na trilha sonora internacional da novela seguinte no horário (Corpo Dourado). Antes, era uma prática relativamente comum, ocorrendo em trilhas sonoras como Louco Amor Internacional e O Casarão Internacional.
30- Anjo Mau Internacional (1997) ★★★★★
A divulgação externa dos discos da Som Livre estava caindo bastante em 1997 e, mesmo assim - e também pela boa execução de 13 das 14 faixas do disco na novela - foi um disco que, merecidamente, foi bem nas vendas. Pudera: não tem nada fora do lugar aqui, mesmo quando há covers genéricos (caso das faixas 10 e 13, mas que não comprometem em nada). Chris de Burgh teve sua So Beautiful pinçada de um álbum de grandes sucessos, sendo uma das inéditas da coletânea. Foi o grande hit da novela, ao ser tema de Nice, a protagonista. Mas o disco é muito mais, pois tem Luis Miguel novamente saindo de seu lugar comum numa releitura criativa de Bésame Mucho, Savage Garden, Jamiroquai, Jewel, Babyface e Stevie Wonder na belíssima e tristíssima How Come, How Long, que narra a história de uma vítima de feminicídio, Lulu Joppert brasileiríssima e sua Love 4 Two e ainda Monaco fechando o disco com What Do You Want from Me?. Definição de papa fina, meus bacanos.
31- Por Amor Internacional (1998) ★★★★
Apesar de ter notáveis tropeços (evidenciados nas faixas 10 e 14, gravações genéricas que deixaram muito a desejar, mas compensados pela presença de Gilbert regravando Khaled com muita competência em Aïcha, na faixa 9), é uma trilha sonora que tocou inteirinha na novela. Logo, gera identificação. Aqui, combinante, diferentemente do que ocorreu em Zazá. Gary Barlow, Jocelyn Enriquez, 10000 Maniacs, El DeBarge & Art Porter (não é Art Port, Art Porter havia gravado sua participação instrumental na faixa para o disco A Twist of Jobim, semanas antes de morrer afogado, aos 35 anos, em 23 de novembro de 1996), Toni Braxton, Alexia e Backstreet Boys se destacam no disco, havendo ainda espaço para Pedro Abrunhosa, Donato y Estéfano e Erminio Sinni. Foi lançado em janeiro de 1998, apesar de constar 1997.
32- Corpo Dourado Internacional (1998) ★★★
Acredito eu que esse seja o único caso de trilha sonora internacional de novela do Antonio Calmon que não tenha sido bem executada na novela. 9 de 16 faixas tocaram, apenas. No final das contas, ficou uma boa coletânea sem muita identidade que a ligasse à novela. Acredito que o maior hit do disco foi Torn de Natalie Imbruglia, mas certamente há outros grandes momentos no disco, com a presença de Hanson, Mariah Carey, Robbie Williams estreando em trilhas sonoras, Shania Twain... é um disco realmente bom. Mas não passa disso.
33- Era Uma Vez... Internacional (1998) ★★
Sabem aquele disco que promete muito, tanto pela capa quanto pelo começo, pra depois colecionar tropeços a ponto de causar decepção? É um pouco do que acontece aqui: além de ter tocado pouco na novela (12 das 16 faixas), tem tantos problemas que a pergunta que fica é: precisava de 16 faixas, só porque encasquetaram nisso? Os momentos bons são pontuados pela presença de Aqua, Boyzone, Dakota Moon, Fastball, Robyn em início de carreira, All Saints, Gabrielle (Harban, também conhecida como Marion K), The Corrs, Marysa Alfaia e... é isso. Tem duas gravações genéricas aqui que só cabe a pergunta: foi alguma dívida de alguém, que precisava ser paga? O que D-Soul fez com Without Love de Donna Lewis é triste. O mesmo se aplica ao que Orion Storm fez a Bittersweet Symphony do The Verve. Apenas um disco ordinário, regular.
34- Torre de Babel Internacional (1998) ★★★★★
Digo sem pestanejar: foi a grande trilha sonora de 1998. Bastante executada na novela, com exceção de duas faixas apenas, colocou o nome de Alejandro Sanz definitivamente no mapa da música mundial, com Corazón Partío, penúltima faixa do disco. Além de ter Céline Dion com os Bee Gees abrindo o disco com Immortality, K-Ci & JoJo no melhor momento em All My Life, Eric Clapton com a faixa que encerrava seu álbum Pilgrim, chamada You Were There que, apesar de não ter sido single, encaixou bem com a elegante vilã Angela Vidal de Claudia Raia, Lighthouse Family com High, Sarah McLachlan com Adia, Lionel Richie tomando a sua cria de volta em Lady, Ricky Martin na carona da Copa de 98 com Por Arriba, por Abajo... nem mesmo os covers genéricos fazem feio aqui, muito pelo contrário: D-Soul fez a lição de casa e fez I Want You to Want Me soar melhor do que com Solid HarmoniE. O mesmo se aplica a Rosa Marya Colin, sob o óbvio pseudônimo de Mya Hill (captaram?) na arrebatadora releitura de The One I Gave My Heart To, infinitamente mais cheia de emoção que a original da falecida Aaliyah (1979-2001)... nada soa fora do lugar aqui.
35- Meu Bem Querer Internacional (1998) ★★★★★
Mesmo não ter sido a grande trilha sonora de 1998 - mesmo porque teve muito mais tempo de divulgação em 1999 - leva a nota máxima por aquele velho critério de sempre: execução apropriada na novela. Tocou todinha, todinha. E nada fora de contexto fora o cabelo ridículo do Murilo Benício nessa novela, mas deixa quieto. O disco começa com Alexia debutando na Sony Music mundialmente, porque antes ela era distribuída por aqui pela Spotlight, com Keep on Movin'. The Tony Rich Project e Shania Twain seguem muito bem no restante quando No Mercy trazem uma interessante releitura de Baby Come Back, original de Player. Modern Talking, tentando se atualizar, traz Don't Play with My Heart (que tem o subtítulo de 'New Hit 98', felizmente aqui omitido), além de contar com a presença de Billie Myers, Inner Circle, Jimmy Cliff (All for Love foi cortada, mas nada tão desatroso assim), Des'ree e Babyface com Fire, Shakira com No Creo, ainda tendo Boyzone e Trini Lopez, este resgatado de 1990 na sua versão em espanhol de Nikita (de Elton John), que virou Muñequita. Há versões genéricas? Sim. Nenhuma delas compromete, no entanto.
36- Pecado Capital Internacional (1999) ★★★★★
Mesmo tendo tocado apenas 12 de suas 16 faixas na novela - o mesmo que sua antecessora Era Uma Vez... - aqui a seleção de repertório se sobressai em qualidade e frequência de execução na novela, que também teve uma duração maior, o que ajudou bastante. Gloria Estefan abre o disco com o Love to Infinity Remix de Feelin', que fecha seu disco Gloria!, de 1998, sendo seguida por Tina Arena e sua regravação de I Want to Know What Love Is, original da banda Foreigner, pinçada de seu álbum In Deep, de 1997. Laura Pausini marca presença com In Assenza di Te e logo depois Ace of Base vem com Whenever You're Near Me (não tem o subtítulo). Brandy & Monica, apesar de estarem ótimas em The Boy Is Mine, não tocaram na novela. Uma pena. De resto, se destacam ainda Fatboy Slim, Tamia, Bosson, Stars on 54 (Jocelyn Enriquez, Ultra Naté e Amber) e 4 the Cause. Genéricas? Temos. E também temos uma filler exclusiva aqui. Comprometem? De forma alguma.
37- Suave Veneno Internacional (1999) ★★★★★
Se a trilha sonora de sua novela antecessora foi a grande trilha sonora de 1998, podemos dizer que a de Suave Veneno foi a grande trilha sonora de 1999. A novela demorou a pegar, patinou na audiência e se recuperou muito no final. O lançamento do disco era previsto para ocorrer em junho de 1999, coincidindo com o dia dos namorados, mas em decorrência de uma pequena maracutaia da Microservice - fabricante que, no ano anterior, já havia distribuído discos do É o Tchan antes do lançamento oficial -, chegou às lojas um mês antes. Nem mesmo havia tocado na novela. Buscando reduzir os danos, a Som Livre pressionou a direção da novela para incluir inserções das músicas o quanto antes, o que aconteceu na segunda quinzena de maio, numa cena contemplativa de Márcia (Luana Piovani) enquanto To Love You More, de Céline Dion, tocava praticamente inteira. Foi um sucesso imediato e o disco vendeu muito bem. Pudera: conta com Mariah Carey, Alejandro Sanz, Cher e sua Believe que em pouco tempo se tornaria um de seus signature hits, NSYNC, Alanis Morissette, George Michael, Lauryn Hill... só papa fina. Nada aqui sobra.
38- Andando nas Nuvens Internacional (1999) ★★★★★
Uma trilha sonora solar, jovial, ao mesmo tempo que imersiva nos momentos adequados. Não tinha como dar errado. Funcionou muito bem dentro da novela. 15 das 16 faixas tocaram bastante na trama e a que não tocou nem faz falta, porque é o único tropeço do disco: Delicious, original de Pure Sugar, teve vocais sobrepostos à versão de karaokê da música, por Sweet Tide. Não é ruim, mas não é boa. O disco por si só é maravilhoso e conta com a presença destacada de Phil Collins, Ricky Martin, Jennifer Paige, Sarah Brightman, TLC, Quincy Jones (produtor) unindo El DeBarge e Siedah Garrett na linda I'm Yours... um lindo disco, de fato.
39- Terra Nostra Internacional (1999) ★★★★★
Pensem numa trilha sonora internacional de respeito. Agora pensem numa trilha sonora original de respeito: Terra Nostra Internacional une ambos os conceitos de maneira inédita e até hoje nunca repetida. Foi também a primeira trilha sonora de novela a vir com o encarte com letras de músicas. A prática só se tornaria praxe definitiva após o disco nacional de O Clone, 2 anos depois. São tantos momentos bonitos aqui que difícil mesmo é destacar. Charlotte Church & Agnaldo Rayol, José Augusto, Toquinho, Caetano Veloso, Sandy & Junior, Família Lima, Netinho, Marcus Viana... todos estão muito bem aqui. Tanto O Sole Mio, Comme Facette Màmmeta, O Surdato Nnammurato quanto outras gravações aqui presentes não são no italiano "oficial", mas sim em dialetos locais. Por isso, ouvidos mais desatentos podem estranhar certas palavras ou pronúncias - que não se devem ao fato de serem artistas brasileiros. Lindo, lindo, lindo.
40- Vila Madalena Internacional (2000) ★★★★
Qualquer avaliação abaixo de "muito boa" seria injusta. Por que? Porque 14 das 15 faixas tocaram na novela e combinaram bem. Mas não é somente isso: também há ótimas músicas aqui. Jennifer Lopez abre o disco com uma faixa que nunca foi single, mas nem por isso Could This Be Love é menos bela. Enrique Iglesias dá sequência com You're My #1 e Lou Bega, ainda na carona de seu efêmero sucesso, traz I Got a Girl. Se destacam ainda Ronan Keating, Eiffel 65, Khlaed sendo resgatado de 1992 em plena efervescência da onda árabe por aqui com El Arbi, Victoria Newton (infelizmente em MPEG) com sua leitura original de What I Am, direto do álbum Live for Today e Savage Garden. Há versão genérica aqui? Sim, mas é das boas. Felizmente - hoje sabemos - R. Kelly não foi liberado para a trilha sonora e Fábio Nestares (ele mesmo, do Roupa Nova, vocês não leram errado) regravou If I Could Turn Back the Hands of Time com muito mais emoção, diga-se de passagem. Giselle Haller e Alexandre Flores, os donos das músicas exclusivas do disco (até então, pelo menos no caso de Giselle) não fazem feio.
41- Uga Uga Internacional (2000) ★★★★★
Uma trilha sonora que traz todo o clima da novela (15 das 16 faixas tocadas na trama) e ainda tem um toque bem generoso de originalidade. Tem como dar errado? Claro que não. Tudo funciona aqui, desde as gravações mais conhecidas (de Christina Aguilera, Marc Anthony inspiradíssimo, Macy Gray incrível, Brian McKnight com a identidade sonora da novela, Bon Jovi e The Corrs) até as gravações exclusivas ou raras (Michael Allen, Fernanda numa releitura muito bonita de Lovin' You de Minnie Ripperton, Roméo, Giselle Haller e Bengaloo), tudo deu certo nesse disco. Ah, sim: Bengaloo é Fabio Almeida. Ou Fabianno. Ou Mr. Jam. Ou Happening. Ou JAMM'... (and the list goes on)
42- Laços de Família Internacional (2000) ★★★
Tento ser generoso com essa trilha sonora. Juro que tento. Mas... não rola. Por que? A trilha sonora é internacional, certo? Por que raios me colocam quatro faixas nacionais no final do CD? Elas tem qualidade? Claro que tem. Amo todas. Mas destoa da proposta. Combina com a novela? Claro que sim. É um belo disco, mas... gente, era pra ser internacional, sabe? Não dá liga.
Por enquanto, é isso, gente linda!
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