Lançado em fevereiro de 1992, o disco com a trilha sonora internacional de "Felicidade" flertou em alguns momentos com a pegada brega proposta pela trilha sonora nacional, mas conseguiu, ainda assim, trazer uma seleção mais sóbria, quando comparada com seu volume antecessor. O disco abre com P.M. Dawn e a emblemática "Set Adrift on Memory Bliss", que tem um sample de "True", sucesso de 1983 do Spandau Ballet e presente na trilha sonora de "Guerra dos Sexos", também abrindo o disco. Gipsy Kings vem com ligeiro atraso com "Caminando Por La Calle", ainda que, tecnicamente, não se possa ser considerado um atraso, pois "Mosaïque", de onde a faixa foi extraída, havia sido lançado em novembro de 1989, menos de 3 anos antes, portanto. Kenny G. comparece com o tema principal do filme "Dying Young", que aqui no Brasil levou o título de "Tudo Por Amor". Veio editada num trecho que não compromete muito. Jimmy Cliff, na época residindo no Brasil, lançou o álbum "Breakout" primeiro aqui e depois no resto do mundo. Por conta disso, a Som Livre tomou para si os direitos do álbum e "Peace" vem dele, vindo a se tornar tema da vilã Débora de Vivianne Pasmanter, ainda que, na prática, a faixa fale de injustiça social. Até hoje não compreendi muito bem a razão desta faixa ter servido de tema da vilã, uma garota mimada, problemática e de comportamento infantilizado e egoísta. Vai que era pela sonoridade, né? Nunca saberemos ao certo... Michael Bolton vem na sequência com "When A Man Loves A Woman", original de Percy Sledge e manda bem. Aliás, já repararam na letra dessa canção? Melhor não repararem, porque olha... humilhação pouca é bobagem. David Torres, ou simplesmente David* (sim, com o asterisco mesmo, também serve de nome artístico dele), vem com "No Regrets", sutilmente editada. Uma balada freestyle das melhores. Collin Eldridge, ato obscuro, porém evidentemente brasileiro, manda um inglês, digamos, questionável, em "Breakin' the Walls", que tem uma pegada bem semelhante aos hits brazil produzidos na década de 70, por sinal, onde a letra não se preocupava em fazer sentido, pois a preocupação era com a sonoridade (muitas vezes kitsch, mas ok). Winger abre a segunda parte da trilha sonora com "Miles Away" e é seguido por BB King e Crusaders (não creditados na trilha sonora original) com "Better Not Look Down", faixa pinçada da trilha sonora do filme "Thelma & Louise". Roberta Flack e Maxi Priest (que, tanto aqui quanto na trilha sonora de Mulheres de Areia, por alguma razão desconhecida, teve o i omitido de seu nome artístico) regravam Starship e tornam esta versão de "Set the Night to Music" definitiva. Ah, sim: a composição é de Diane Warren, então não é uma faixa de autoria do pessoal da Starship, eles só gravaram primeiro em 1987 mesmo. Martika marca presença com a gospel "Love... Thy Will Be Done" e é seguida por uma regravação brazuca de "Be My Baby", original de The Ronettes. Danny Richard, outro artista canarinho, vem com "I Just Want A Way to Say Goodbye", uma balada de letra interessante. Tomacdú, projeto do finado produtor Tom Capone, fecha o disco com "Touch Without Touching", que tem um problema no canal direito da mastertape em todos os formatos lançados (CD, LPe K7, que inclusive tiveram todos o mesmo exato master, visto que de 1991 a meados de 1992 não existiam diferenças de minutagem nos formatos, o que viesse editado em um, vinha em todos). É isso, criOnçada: acabou a safra, c'est fini.
para baixar o disco, clique aqui