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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Reissue: Felicidade: internacional (1992)

Lançado em fevereiro de 1992, o disco com a trilha sonora internacional de "Felicidade" flertou em alguns momentos com a pegada brega proposta pela trilha sonora nacional, mas conseguiu, ainda assim, trazer uma seleção mais sóbria, quando comparada com seu volume antecessor. O disco abre com P.M. Dawn e a emblemática "Set Adrift on Memory Bliss", que tem um sample de "True", sucesso de 1983 do Spandau Ballet e presente na trilha sonora de "Guerra dos Sexos", também abrindo o disco. Gipsy Kings vem com ligeiro atraso com "Caminando Por La Calle", ainda que, tecnicamente, não se possa ser considerado um atraso, pois "Mosaïque", de onde a faixa foi extraída, havia sido lançado em novembro de 1989, menos de 3 anos antes, portanto. Kenny G. comparece com o tema principal do filme "Dying Young", que aqui no Brasil levou o título de "Tudo Por Amor". Veio editada num trecho que não compromete muito. Jimmy Cliff, na época residindo no Brasil, lançou o álbum "Breakout" primeiro aqui e depois no resto do mundo. Por conta disso, a Som Livre tomou para si os direitos do álbum e "Peace" vem dele, vindo a se tornar tema da vilã Débora de Vivianne Pasmanter, ainda que, na prática, a faixa fale de injustiça social. Até hoje não compreendi muito bem a razão desta faixa ter servido de tema da vilã, uma garota mimada, problemática e de comportamento infantilizado e egoísta. Vai que era pela sonoridade, né? Nunca saberemos ao certo... Michael Bolton vem na sequência com "When A Man Loves A Woman", original de Percy Sledge e manda bem. Aliás, já repararam na letra dessa canção? Melhor não repararem, porque olha... humilhação pouca é bobagem. David Torres, ou simplesmente David* (sim, com o asterisco mesmo, também serve de nome artístico dele), vem com "No Regrets", sutilmente editada. Uma balada freestyle das melhores. Collin Eldridge, ato obscuro, porém evidentemente brasileiro, manda um inglês, digamos, questionável, em "Breakin' the Walls", que tem uma pegada bem semelhante aos hits brazil produzidos na década de 70, por sinal, onde a letra não se preocupava em fazer sentido, pois a preocupação era com a sonoridade (muitas vezes kitsch, mas ok). Winger abre a segunda parte da trilha sonora com "Miles Away" e é seguido por BB King e Crusaders (não creditados na trilha sonora original) com "Better Not Look Down", faixa pinçada da trilha sonora do filme "Thelma & Louise". Roberta Flack e Maxi Priest (que, tanto aqui quanto na trilha sonora de Mulheres de Areia, por alguma razão desconhecida, teve o i omitido de seu nome artístico) regravam Starship e tornam esta versão de "Set the Night to Music" definitiva. Ah, sim: a composição é de Diane Warren, então não é uma faixa de autoria do pessoal da Starship, eles só gravaram primeiro em 1987 mesmo. Martika marca presença com a gospel "Love... Thy Will Be Done" e é seguida por uma regravação brazuca de "Be My Baby", original de The Ronettes. Danny Richard, outro artista canarinho, vem com "I Just Want A Way to Say Goodbye", uma balada de letra interessante. Tomacdú, projeto do finado produtor Tom Capone, fecha o disco com "Touch Without Touching", que tem um problema no canal direito da mastertape em todos os formatos lançados (CD, LPe K7, que inclusive tiveram todos o mesmo exato master, visto que de 1991 a meados de 1992 não existiam diferenças de minutagem nos formatos, o que viesse editado em um, vinha em todos). É isso, criOnçada: acabou a safra, c'est fini.
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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Reissue: Felicidade (1991)

Grande sucesso de Manoel Carlos, "Felicidade" foi ao ar de 7 de outubro de 1991 a 30 de maio de 1992, em 203 capítulos. Uma curiosidade é que seu último capítulo foi ao ar num sábado, porque o penúltimo capítulo foi reprisado, por conta de sua repercussão, na sexta feira. Eu, ainda criança, lembro que estranhei a reprise do último capítulo na segunda-feira seguinte, antes da estreia de "Despedida de Solteiro", substituta no horário. O disco nacional traz temas que remetem diretamente à trama, embora seja um tanto quanto... piegas, para ser gentil com as partes da trilha sonora que são, assim digamos, desprovidas de um senso estético apurado. Apesar desses momentos, digamos, kitsch, é uma trilha sonora que merece ser relembrada.
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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Reissue: Mulheres de Areia: internacional (1993)

A trilha sonora internacional de "Mulheres de Areia", apesar de ter sido um sucesso nas vendas em 1993, quase não foi executada dentro da trama. Dentro da trama, no caso, é nas cenas da novela. Apenas 4 das 15 faixas tocaram em cenas durante a arte da novela. São elas: "Let It Be Me" com Ouriel, inclusive de maneira bastante prematura em relação ao padrão das novelas, nas cenas da lua de mel de Raquel e Marcos, "Easy" na versão de Faith No More, "Bed of Roses" com Bon Jovi e "No Ordinary Love" com Sade. Todo o restante foi apresentado nas vinhetas de encerramento dos capítulos, um recurso que se tornaria comum nos anos 90. O disco abre com Faith No More regravando Commodores com "Easy", segue com "Sweat (A la la la la Long)" com Inner Circle e... bem, a canção tem uma letra bastante controversa, pois não deixa sequer a mínima sombra de dúvidas de que faz apologia ao estupro. Bon Jovi vem na sequência numa versão mais curta de "Bed of Roses" e são sucedidos por Snap! e sua "See the Light", canção que basicamente fala de união. Ouriel Clark, ou simplesmente Ouriel, traz a sua regravação de "Let It Be Me" e é sucedida pela banda belga Clouseau que traz a versão em inglês de "Daar Gaat Ze", que se tornou "Close Encounters". Kenny G. fecha a primeira metade do disco com "Forever In Love" que, surpreendentemente, veio inteira em todos os formatos lançados para a trilha sonora à época (CD, LP e K7), um fato bastante incomum para uma faixa instrumental, já que era rotineiro que elas fossem cortadas. O trio Midi, Maxi & Efti comparece com o hit "Bad Bad Boys" e Tone Lōc vem resgatado de 1989 com "Wild Thing". Aliás, a faixa veio desacelerada no CD, aqui o pitch está consertado. Elton John vem com "Simple Life" na sequência, canção que fala de sua superação sobre o vício em entorpecentes, temática bastante presente em seu álbum "The One", lançado em 1992. Double You comparece com "Looking At My Girl" e Sade vem logo depois com a emblemática "No Ordinary Love". No CD, veio completa, no LP, editada em 4:41 e no K7, ainda menor, coisa que ocorreu também com as faixas de Snap! e Elton John, o que significa que a trilha sonora teve 3 masters diferentes para os 3 formatos, um fato único até hoje. Franco Perini vem disfarçado de Frank Shadow com a instrumental "Latin Motion" e Maxi Priest vem com a versão single de "Groovin' in the Midnight". O disco é fechado por Franco Perini sem disfarce com a instrumental "The Colour of the Risk". Ah, mais uma coisa: andou sendo ventilado por aí que Franco Perini seria italiano. Não é: é brasileiro e esta informação errônea precisa ser desmentida. É isso, por enquanto.
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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Reissue: Mulheres de Areia (1993)

Talvez o maior de todos os sucessos do horário das 18 horas, "Mulheres de Areia" chegou a derrotar sua contemporânea no horário das 19 horas, "O Mapa da Mina", uma porção de vezes. Exibida de 1 de fevereiro a 24 de setembro de 1993, em 201 capítulos, foi reapresentada duas vezes no Vale A Pena Ver de Novo, a primeira entre 25 de novembro de 1996 e 25 de abril de 1997, em 110 capítulos. Sua segunda reprise no programa vespertino foi de 12 de setembro de 2011 a 9 de março de 2012, em 129 capítulos. Houve ainda uma reprise no Canal Viva entre 29 de fevereiro e 21 de outubro de 2016, na íntegra. A trilha sonora abre com uma versão editada de "Ai Ai Ai Ai Ai" de Ivan Lins. Como esta remasterização usa o CD original de matriz, assim a faixa permaneceu, com 2 minutos a menos. Chitãozinho & Xororó comparecem com "Pensando Em Minha Amada" e, na sequência, Pepeu Gomes traz a canção de abertura da novela, "Sexy Yemanjá". Maurício Mattar vem com "Encontro Das Águas", composição de Jorge Vercillo, seguido pela versão de Gal Costa para "Caminhos Cruzados" de Tom Jobim. Mariana Leporace interpreta "Paraíso" e a primeira parte é encerrada com Franco Perini, sob o pseudônimo de T Set Squad com a instrumental "Down". Joanna abre a segunda parte com "Toque de Emoção" e na sequência, Banda Beijo - que revelou Netinho ao Brasil - vem com "A Vida É Festa". Simone segue a trilha com "Desafios", de Ivan Lins. Orlando Morais comparece com "Figura" e é sucedido por Biafra e sua "Fantasia Real", eternizada como tema de Tonho da Lua. Raul Seixas vem na sequência com "Gîtâ" e os mineiros da Easy Rider estreavam em trilhas sonoras com "Dirty Game", na versão anterior à contratação deles pela Sony Music, onde eles gravaram o primeiro e único álbum da banda, chamado "Back to the Old Road", que ainda renderia a regravação de "How You Gonna See Me Now" em "Olho no Olho". Franco Perini encerra o disco com a instrumental "Voyager".
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Reissue: Olho no Olho: internacional (1993)

A trilha sonora internacional de "Olho no Olho" foi lançada para o natal de 1993, o que causou um corre-corre às lojas à época. Bastante justificável: o disco abre com nada mais, nada menos que "What's Up", maior hit das 4 Non Blondes em sua curta carreira de um único álbum. Na sequência, a versão para as rádios de "Boom Shack-A-Lak" com Apache Indian. Trinere, cantora de freestyle, aparece surpreendentemente na primeira metade do disco, mas "Boy You're the One" é gostosa de se ouvir e merecia estar exatamente onde está. O canadense Darrin O'Brien, ou simplesmente Snow, marca presença com seu maior sucesso "Informer" e, na sequência, temos os brasileiros da Easy Rider regravando Alice Cooper e fazendo uma excelente versão de "How You Gonna See Me Now". Isabelle Camille e MC RNT fecham a primeira metade do disco e, na sequência, Stereo MC's abre a segunda parte com "Step It Up", seguido por Take That com "A Million Love Songs" e New Order com "Regret". Aliás... a presença de artistas britânicos neste disco é bem alta, começando logo pelo Apache Indian e na segunda metade, vem essa trilogia Stereo MC's/Take That/New Order. Eros Ramazzotti estreava em trilhas sonoras com "Cose Della Vita". Na sequência, Deborah Blando trazendo a single mix de "Merry-Go-Round", completamente diferente da versão do disco "A Different Story". Gilbert regrava "Ça C'est Paris" e o disco é fechado por Rozalla e sua "Are You Ready to Fly", um sucesso que chegou bem perto de se igualar a "Everybody's Free (To Feel Good)".
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Reissue: Olho no Olho (1993)

Olá, criOnças! Hoje é dia de trazer a trilha sonora nacional de "Olho no Olho", novela de Antonio Calmon apresentada de 6 de setembro de 1993 a 8 de abril de 1994, em 185 capítulos. Apesar da pouca repercussão, ainda mais por ter antecedido no horário "A Viagem", que foi um sucesso estrondoso, rendeu uma interessante trilha sonora. O disco abre com Paulo Ricardo e RPM com "Gênese". Tigres de Bengala, basicamente um trio formado por Ritchie, Claudio Zoli e Vinícius Cantuária, comparecem com "Agora ou Jamais". Paula Morelembaum canta e Jacques Morelembaum toca "Oração de Amor", composição exclusiva para a novela, composta por Renato Ladeira e Julinho Teixeira, letrada por Aldir Blanc. Barão Vermelho empolga com "Fúria e Folia" e Skank marca sua segunda presença em trilhas sonoras até então com "Homem Q Sabia Demais". Rútila Máquina, com vocais não creditados no disco original de Tonia Schubert, comparecem com o tema de abertura da novela, "Magnificat". Lulu Santos interpreta Fausto Fawcett em "Submundo Vaticano", que é uma bem sacada crítica às religiões e seus delírios. Edson Cordeiro regrava Cazuza e faz de sua releitura de "Down em Mim" mais intensa que a gravação original do Barão Vermelho. Kid Abelha vem com "Deus Apareça na Televisão" e na sequência, Paulinho Moska estreando em trilhas sonoras com a irreverente "Será Que Sou Eu". Zizi Possi regrava Dorival Caymmi em "Não Tem Solução" e Edmon vem com a ótima "Toda Noite". O disco é fechado por uma instrumental de Franco Perini que lembra bastante o arranjo de "What Have You Done for Me Lately" de Janet Jackson.
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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Reissue: A Próxima Vítima: internacional (1995)

A trilha sonora internacional de "A Próxima Vítima" é, sem dúvida, um dos destaques da década de 90. Abrindo com Inner Circle e a forte "Black Roses" e logo tendo na sequência FireHouse com "I Live my Life for You" (erroneamente grafado no disco como I LIVE MY LIFE FOR LOVE), não precisava de muito mais, mas... calma, gente, isso é só o começo e vai melhorando: La Bouche, da finada Melanie Thornton comparecem com "Be My Lover" e assim o disco segue, numa boa alternância entre faixas dançantes e mais calmas/melosas, como era hábito de Sergio Motta. Jim Croce vem ressuscitado de 1973 com "I Got A Name", pois a gravadora Paradise (que teve vida curta, de 1994 a 1996) havia se apropriado de sua discografia. Flava To da Bone regravam "More Than A Woman" e mandam muito bem, pois não tentaram imitar os Bee Gees, pelo contrário, fizeram algo completamente diferente. Frente! regravam New Order e nós fomos os agraciados com esta curta eu arriscaria dizer definitiva versão de "Bizarre Love Triangle". Na sequência das regravações, Annie Lennox regrava The Lover Speaks em "No More I Love You's" e reinventa toda a canção, basicamente. Mas as regravações não param por aí: Bobby Ross Avila regrava Al Green numa interessante versão de "Let's Stay Together". Sananda Maitreya, quando ainda se chamava Terence Trent D'Arby, vem com a incrível "Holding On to You". East 17, boy band relativamente famosa da época, marca presença com "Around the World". Na sequência, Double You e mais uma regravação: "That's the Way" seria incluída no ano seguinte em seu álbum de estúdio "Forever" (o mesmo de "Gonna Be My Baby", de "Vira Lata"). O duo Scarlet encanta com sua única presença em trilhas sonoras com a potente "Independent Love Song" Martine (a mesma vocal da versão dance de "What's Up" com DJ Miko em 1994) vem com "Tough Girl" e, fechando o disco, mais uma regravação: Alexis de San Nicolas (grafado erroneamente como ALEXIS SAN NICOLAS) regrava Ivan em "Fotonovela". A faixa pertence ao álbum "Libertino", que nunca foi lançado por aqui e cujo selo (DNS Productions) também nunca teve representação por aqui.
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Reissue: A Próxima Vítima (1995)

Grande sucesso de Silvio de Abreu, "A Próxima Vítima" foi originalmente apresentada de 13 de março a 3 de novembro de 1995, em 203 capítulos, reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo de 10 de julho a 8 de dezembro de 2000, em 110 capítulos (desta vez, com direito a um final diferente, uma vez que foram gravados 3 desfechos para a trama) e novamente com seus 203 capítulos no Canal Viva, de 9 de setembro de 2013 a 19 de junho de 2014. A trilha sonora nacional abre com Simone e sua versão para "Quem É Você", de Eduardo Dussek e Isolda. Lulu Santos vem na sequência com "Sereia", que já à época, soava bastante retrô, por guardar inúmeras semelhanças no arranjo com "Como Uma Onda". Skank segue a trilha com "Pacato Cidadão" e, na sequência, Guilherme Arantes faz sua versão de "Traces" de Dennis Yost & The Classics IV, que aqui virou "Trilhas". Eduardo Dussek marca mais uma vez presença no disco, desta vez não apenas como compositor, mas cantando "Happy Hour", seguido por Djavan e sua irresistível "Aliás". Na sétima faixa, a abertura da novela marca presença com Rita Lee e Roberto de Carvalho. Ah, sim: "Vítima" veio editada no miolo, perdendo seu trecho falado. Fábio Jr. faz mais do mesmo em "Pareço Um Menino" e é sucedido pelas Bad Girls com a provocante e ambígua "Aleluie-me Baby" (que no disco, foi erroneamente grafada como ALELUI-ME Baby), composição de Paulinho Moska. Zélia Duncan marca presença com seu signature hit "Catedral (Cathedral Song)" e é sucedida por Cauby Peixoto e Gal Costa gravando uma versão de "Alguém Que Olhe Por Mim (Someone To Watch Over Me). Sergio Endrigo comparece com a gravação original de "Io Che Amo Solo Te" e é seguido por Adriana Ribeiro (que depois se tornaria ADRYANA Ribeiro) e Demônios da Garoa com "Estação São Paulo". Fernando Portari fecha o disco regravando "E Lucevan Le Stelle", da ópera "Tosca".
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