Exclusive: Mulheres do Brasil

Antes do mês acabar, tem mais coisa exclusiva por aqui: "Mulheres do Brasil" não podia ter título mais descritivo que esse. Reúne, em 14 faixas, um resumo atemporal do que é e foi feito por aqui por mulheres na música. Quase sempre compositoras, também há espaço para nossas intérpretes. Mesmo assim, Maria Bethânia comparece aqui com "Carta de Amor", sua única composição. O disco reúne ainda Renata Arruda, Flaira Ferro, Cris Braun, Adriana Calcanhotto, Alcione, Fátima Guedes, Fernanda Abreu, Deborah Blando, Marina Lima, Vanessa Rangel, Elis Regina, Daniela Mercury e Pitty.

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Exclusive: Spring Radio 18: internacional

O volume internacional da safra deste ano de Spring Radio traz 14 faixas e, assim como de costume, busca ser eclético. O disco abre com Françoise Hardy e sua composição própria "Un Seul Geste". O português Luis Clara Gomes, ou simplesmente Moullinex, se junta com Georgia Anne Muldrow e manda bem em "Say It Slow". Na sequência, Alex Cameron, com backing vocals de Brandon Flowers e Natalie Mering, vem com "Politics of Love", sendo seguido por Colbie Caillat e sua "Good Thing". Jimmy Barnes, veterano de longa carreira, mas pouco reconhecimento fora da Austrália - mas que ficou conhecido graças à sua participação gutural em "Big Enough" de Kirin J. Callinan, que virou meme - , comparece logo depois com "Drowning in the Sea of Love", para depois vir Colony House com "Lonely". A primeira parte é encerrada por Grouplove e "Good Morning". Logo depois, é a vez do da banda britânica 10cc, na ativa há 46 anos, com o registro de "Take This Woman", de 23 anos atrás. Explica-se: embora a banda siga ativa desde então, o último álbum de estúdio contendo inéditas, "Mirror Mirror", foi lançado justamente em 1995. De lá pra cá, nada. Tamia vem logo depois com "Nowhere" e é sucedida por Cut Copy com "No Fixed Destination". Os cariocas da Silent comparecem na décima primeira faixa com "The One Within", para logo vir Information Society regravando The Human League em "Don't You Want Me". Bat for Lashes, pseudônimo de Natasha Khan, vem com "Land's End" e o disco é fechado por Ingrid Michaelson e sua autoral "Another Life".

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Exclusive: Spring Radio 18: nacional

A primavera só começa no final do mês que vem, mas o Saladificador já tá entrando no clima e traz o volume nacional deste ano para Spring Radio, contendo 17 faixas. O disco abre com Zé Ricardo com a simples, porém potente "Coração Gigante", faixa que também abre seu álbum "7 Vidas". Sons de Saturno, após o sucesso do álbum de estreia, fez de "Sala" um álbum que prova que a banda não está acomodada e "Como Seria" demonstra isso bem. Na sequência, Daniel Groove nos brinda com a quase retrô "Boa Nova", faixa que abre seu terceiro álbum "Levante". Deborah Blando comparece com a potente "Jeito Particular" e é seguida pelo dueto de Helio Flanders (da Vanguart) com Cida Moreira, em "Dentro do Tempo que Eu Sou", sétima faixa de seu disco solo "Uma Temporada Fora de Mim". Medulla figura na sexta faixa com "O Segredo" e na sequência, Preta Gil empolga com "Sei Lá". Não bastasse todo esse ecletismo, ainda tem Vivendo do Ócio com a luxuosa participação de Pepeu Gomes em "Amor em Construção". Sinara vem logo depois com "A Vida é Qualquer Coisa". Trazendo um clima mais suave, Adriana Capparelli vem com "Asas do Desejo", uma faixa gravada há treze anos e que não merece cair no esquecimento. Jessica Roberts, promissora cantora e compositora de Vitória, vem na sequência com a profunda "O Infinito". Braza, que nem precisa de adjetivos, se une a Monkey Jhayam e disso sai "Normal", um ótimo momento. Gragoatá, com os inconfundíveis vocais de Rebeca Sauwen, comparece com "Cais sobre Caos" e na sequência temos Trupe Chá de Boldo com "Meus Vãos". Jorge Guilherme vem com "Seja Bem Vindo" e é sucedido por Tópaz com "Quando a Gente Cresce". Finalmente, o disco é fechado pelos irmãos gêmeos Fernando e Felipe Soares e sua 2de1, com "Almoço".

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Reissue/Unofficial: A Indomada - vol. 1 e internacional (1997)

Atenção, criOnças: apenas o volume 1 teve lançamento oficial em 1997 e, por isso, o post se divide entre reissue e unofficial, ou seja: o volume internacional NÃO EXISTIU. Deixei em letras garrafais pra que ninguém futuramente afirme a existência de algo que nunca, de fato, existiu. O volume 1 da trilha sonora de "A Indomada" foi lançado em fevereiro de 1997, no mês de estreia da trama e possui as canções mais marcantes da novela. Aproveitando a atual reprise no Canal Viva, decidi pelo reissue. Juntamente ao reissue, trago uma produção minha, realizada no final de 2015, com 14 faixas que poderiam servir de trilha sonora internacional à trama, que NÃO teve trilha sonora internacional, mas sim um volume 2 com apelo popular e radiofônico, mas menor impacto dentro da trama. Foi a partir disso que resolvi "requentar" o disco não oficial que criei há quase 3 anos para uma série de discos não-oficiais que publiquei aqui no blog à época. Refiz, ainda assim, o projeto gráfico, pois havia ficado insatisfeito com a execução do primeiro.

O volume 1 abre com Fábio Jr. regravando Márcio Greyck com "Impossível Acreditar que Perdi Você" e segue com Elba Ramalho em um dos seus melhores momentos na interpretação suave de "Ciranda da Rosa Vermelha". Sandra de Sá faz versão em português de Tanita Tikaram e transforma "I Might Be Crying" em "Não Adiantou Saber". Um bom momento. Geraldo Azevedo comparece com a bem executada "À Procura de Alguém" e Djavan vem repetido da trilha sonora de "Coração Alado", com a gravação original de 1980 de "Meu Bem Querer". Maria Bethânia grava Chico César e dá uma roupagem singela a "Onde Estará o Meu Amor". Deborah Blando fecha o lado A (sim, foi a última trilha sonora lançada em LP) com "Unicamente", que teve um trecho do miolo suprimido, fazendo desta edição, exclusiva. Fafá de Belém comparece com "É Tão Bom Te Amar" e Alceu Valença marca presença com "Cana-Caiana", famosa pela vinheta de "estamos apresentando" e "voltamos a apresentar" da novela. Baby do Brasil, em estado de graça, nos brinda com "Baby Toque", que serviu de tema à Scarlett de Luísa Tomé. Sergio Mendes vem com "Maracatudo", o tema de abertura da novela. Ricardo Feghali se junta a Guilherme Dias Gomes, produtor da trilha sonora e regrava Andrew Lloyd Webber em "Música da Noite". Dick Farney interpreta Jobim em "Este Seu Olhar" e o disco é fechado por Guilherme Dias Gomes e a instrumental "A Indomada".

Já o critério que utilizei para a seleção das faixas do disco internacional se baseou nos charts de vários países do mundo na primeira metade de 1997 e mais algumas pesquisas previamente feitas de canções pouco conhecidas, mas de apelo melódico. Dessa mistura, saiu o conjunto das 14 faixas do disco, que abre com DC Talk e sua "Colored People", de 1995. Toni Braxton havia lançado o álbum "Secrets" em 1996 e o primeiro single, "You're Makin' Me High" fez relativo sucesso, parando na trilha sonora da novela das seis "Anjo de Mim". "Unbreak My Heart" pegou a virada de 1997 de jeito e se consolidou como o maior hit do álbum. Kula Shaker fez um considerável sucesso a partir da segunda metade de 1996 com "Tattva". Donna Lewis, a barrada das trilhas sonoras oficiais (suas faixas "Without Love" e "I Could Be the One" foram gravadas por atos obscuros - D-Soul e Vanessa Mann - para as trilhas sonoras de "Era Uma Vez..." e "Andando nas Nuvens") vem com seu maior hit "I Love You Always Forever", que seria regravada 20 anos depois por Betty Who e é sucedida por "Forever Love", single menos expressivo de Gary Barlow, então recém-saído do Take That, que estava em longo hiato. Manic Street Preachers vem com a poderosa "A Design for Life" e a primeira parte é encerrada por Ocean Colour Scene e sua "The Day We Caught the Train" Dina Carroll manda bem em "Escaping" e Todd Terry recrutou Jocelyn Brown, membro da formação original do grupo Musique, para regravar "Keep on Jumpin'", contando ainda com a presença luxuosa de Martha Wash. Shakira não emplacou sua "Antologia" ao redor do mundo, mas a faixa fez um expressivo sucesso por aqui, principalmente no Sul. Gina G vem diretamente da Austrália com a animada "I Belong to You" e é sucedida pelo dueto de Massimo, filho de Domenico Modugno e o próprio, em "Delfini (Sai Che C'è)", gravado em 1993, pouco antes da morte de Domenico. Etta James vem com a provocante "I Just Want to Make Love to You" e o disco é fechado por outro membro saído do Take That: Mark Owen com "Child".

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De vidro.

Dizia-se pedra preciosa. Revestida de arte.
Bastou uma queda.
Uma única queda.
A arte se rompeu.
Desnudou a pedra.
De preciosa a vidro.
Tingido.
De um carmesim ordinário.
Mal disfarçado num acabamento precário.
Colidiu-se contra o muro.
O que era de vidro, finalmente se quebrou.

Reissue: Malandro - 33rdAnniversary Edition (Vários, 1985)

Em 1985, Ney Matogrosso, Ney Latorraca, Gal Costa, Os Muchachos, Zizi Possi, Paulinho da Viola, Elba Ramalho e Bebel Gilberto, sobrinha de Chico Buarque, se reuniram a ele para gravar composições dele para o filme "Ópera do Malandro", de Ruy Guerra. 33 anos depois, trago este disco remasterizado de um modo jamais ouvido antes, dando uma nova vida a esta trilha sonora que, apesar de curta, tem uma excelente qualidade.

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Reissue: O Amor Está no Ar: internacional (1997)

O disco com a trilha sonora internacional de "O Amor Está no Ar" demorou a sair, levando em consideração a curta duração da novela: somente em meados de julho de 1997, faltando pouco mais de um mês para a novela acabar, o CD e o K7 foram parar nas lojas. Uma pena, pois se tivesse tido mais tempo de divulgação, talvez pudesse ter vendido mais. O disco abre com Laura Pausini e "Due Innamorati Come Noi", que não foi single, mas tocou bastante por aqui e ganhou inclusive versão em português. Ah, sim: como de costume, os diagramadores da Som Livre parecem possuir um tremendo problema com idiomas não anglófonos e a faixa virou "Due INNAMORATTI Come Noi", com um T a mais que saiu de alguém que entendia tanto de italiano quanto de javanês. Phil Collins comparece na sequência com "The Same Moon" que, por ter alguns poucos segundos suprimidos do final, gerou reclamações de algumas pessoas, mas cabe aqui esclarecer: não havia outra saída para Sergio Seabra, responsável pela masterização do disco em 1997, pois a faixa emenda com a seguinte de "Dance into the Light", álbum de Phil Collins e basicamente a emenda de "The Same Moon" com "River So Wide" tem o primeiro acorde da faixa seguinte, uma longa fermata, invadindo o fade out da faixa anterior. Então, não tinha o que ser feito mesmo. AZ YET regrava Chicago com "Hard to Say I'm Sorry" com direito à participação dos vocais originais de Peter Cetera. A partir daqui, começam os tropeços do disco: a quarta faixa é um obscuro ato chamado Rich B e sua tão desconhecida quanto "Soy Loco por Ti". Na sequência, Luciano Delluci (ou Delucci, as grafias variam e o nome "estrangeirado" foi exigência da gravadora, mas na verdade o saxofonista se chama Luciano Carvalho Cunha) vem com a boa instrumental "From the Deep of My Heart", mas é ofuscado pelos também brasileiros Silent, com a versão editada de "Bitter Tear", que omite o longo bridge da versão do álbum dos cariocas, que bate em 6'09 e tem mais letra no trecho suprimido da trilha sonora. Uma bela faixa. Jocelyn Enriquez fecha a primeira parte com "A Little Bit of Ecstasy" e No Mercy abrem os trabalhos da segunda parte com "Please Don't Go". The Braids regravam Queen numa versão no mínimo curiosa de "Bohemian Rhapsody". Vale mais pela curiosidade do que pela comparação. Tevin Campbell comparece com seu último grande sucesso "Back to the World", erroneamente grafado no disco da novela como "COME Back to the World". Boy Krazy são ressuscitadas de 1993 com a radio version de "That's What Love Can Do", que teve a introdução estranhamente editada. Babyface vem na sequência com "Every Time I Close My Eyes", com uma não-creditada Mariah Carey nos vocais. Aqui, o erro se justifica: ela não havia sido creditada no álbum de Babyface, também. Alexia marca presença com "Number One" e o disco é fechado por Karina e Double You com "In the Name of Love".

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Reissue: O Amor Está no Ar (1997)

Apesar de ter naufragado na audiência (teve uma média geral final de 27,17 pontos quando a meta do horário das 18 horas era 30 pontos). "O Amor Está no Ar", exibida de 31 de março a 5 de setembro de 1997, em 137 capítulos, rendeu uma trilha sonora de excelente qualidade. O disco nacional, lançado em abril de 1997, traz uma faixa internacional abrindo os trabalhos, faixa esta que também serviu de abertura à trama: "Love Is in the Air", popular canção de 1978 de John Paul Young, aqui veio no Ballroom Mix, lançado em 1992 para a trilha sonora do filme "Strictly Ballroom", aqui no Brasil rebatizado de "Vem Dançar Comigo". Liane Mandelbaum segue com "Al Kol Ele" e depois disso o disco conta apenas com as tradicionais faixas brasileiras. Cazuza comparece com o remix de 1996 para "Exagerado", na verdade um jabá da própria gravadora para promover as vendas do disco de remixes do Cazuza, lançado no fim do ano anterior. Roberta Miranda segue a trilha com a versão em português de "The Woman in Me (Needs the Man in You)", que virou "A Mulher em Mim". Apesar de ser uma boa interpretação, a letra é de uma pobreza notável e parece não dizer muita coisa. Simone vem com a versão editada - na verdade, estendida - de "Beija, Me Beija, Me Beija" e é sucedida por Par ou Ímpar e sua "Vai e Vem", faixa esta que foi usada para as vinhetas de "estamos apresentando" e "voltamos a apresentar" da novela. Fênix regrava "Não Identificado" de Caetano Veloso, mas a faixa peca pela produção capenga. Barão Vermelho regrava com muita propriedade "Amor, Meu Grande Amor" de Angela Ro Ro e, na sequência, temos outra regravação: "Abre Coração", aqui na famosa versão da Banda Cheiro de Amor, havia sido composta e gravada por Marcelo, em parceria com o inglês Jim Capaldi (2/8/1944 - 28/1/2005), que à época morava no Brasil. Cássia Eller segue no rumo das regravações com "Todo Amor que Houver Nessa Vida", de Cazuza, do álbum "Veneno AntiMonotonia", gravado todo em homenagem ao finado. Joanna regrava Dolores Duran com o medley "Fim de Caso / Castigo" e somente na presença de Zélia Duncan cessam as regravações: "Intimidade" serviu de tema para a vilã Júlia de Natália do Vale. Agrião vem com o samba "Sururu" e o disco é fechado pelo finado Wander Taffo (17/5/1954 - 14/5/2008) com "Sempre Junto de Você".

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