A trilha sonora internacional de "Top Model" veio bastante destoante da trilha sonora nacional, se considerarmos que o disco nacional é animado do começo ao fim e o internacional tem uma quantidade bem maior do que o habitual de faixas lentas e românticas. É um contraponto arriscado, porque havia o risco de não casar bem com a novela. Mas foi, em termos, uma aposta que deu certo. Não chega a ser um disco memorável, mas não ficou ruim, apesar da alta dose do clima "mela cueca" que percorre a seleção. Ieddo Gouveia fez uma lambança no formato CD: apesar do master ser diferente do LP e trazer as faixas 6, 7, 13 e 14 completas, coisa que não ocorreu no LP, 13 das 14 faixas vieram com o pitch BEM acelerado. A única que se salvou foi "Stairway to Heaven" com Led Zeppelin, pois todo o restante estava com a rotação lá em cima. Ainda assim, o som veio surpreendentemente alto e, na medida do possível, bem equalizado. Mas tem um outro porém: Ieddo editou as faixas que nem a cara dele, metendo um fade out adicional em TODAS elas - menos a do Led Zeppelin, de novo - e, não contente, metendo um imenso gap entre as faixas. Tudo isso deixa suficientemente claro que o editor promovido a engenheiro de masterização desprezava o formato e fazia o possível para boicotá-lo. Aqui, consertei a rotação de todas as faixas e coloquei no pitch correto. Como as faixas foram extraídas do CD original, infelizmente os finais editados ao modo Ieddo permaneceram. O disco abre com Richard Marx e sua inconfundível "Right Here Waiting". Fine Young Cannibals seguem a trilha com "Don't Look Back" e logo depois, Led Zeppelin vem com "Stairway to Heaven" completa INCLUSIVE no LP. A faixa, originalmente lançada no fim de 1971, teve seu revival 18 anos depois e caiu como uma luva para o Gaspar de Nuno Leal Maia. Tina Turner comparece na sequência com "I Don't Wanna Lose You" e é sucedida por Oingo Boingo e a versão ao vivo de estúdio de "Stay", um grande sucesso na novela. O francês Philippe Lawrence vem com a já datada à época "One More Time" logo depois e a primeira parte do disco é fechada por Vikingarna, por aqui rebatizados de Vikings, com a versão em inglês de "Albatross". Ah, sim: Vikingarna é uma banda sueca de dansband e a versão em sueco de "Albatross" abre o disco deles de 1984 "Kramgoa låtar 12 - Albatross". Assim como ocorreu com os também suecos do Herrey's na trilha sonora de "Que Rei Sou Eu?", a finada FIF representou mais uma vez a Mariann Gramofon, subdivisão sueca da Warner Music que não tinha representação por aqui. Gloria Estefan vem na sequência com "Don't Wanna Lose You", praticamente homônima à canção de Tina Turner. Logo depois, Bee Gees comparecem com "Wish You Were Here" que, apesar de não ter sido single, foi bem divulgada por se tratar da faixa em homenagem à Andy Gibb (05/03/1958 - 10/03/1988), o caçula dos irmãos Gibb, morto repentinamente aos 30 anos. Um momento emocionante, de fato. O holandês Gerard Joling comparece com seu único - e estrondoso - sucesso por aqui: "No More Boleros" foi, inclusive, bastante regravada. Milli Vanilli, nossos queridos farsantes, vem logo depois com "I'm Gonna Miss You", que também é conhecida por "(Girl) I'm Gonna Miss You". Warrant segue a trilha com "Heaven" e dá aquele toque de glam rock que faltava. Poco vem na sequência com a porreta "Call It Love". O disco é fechado por Debbie Day regravando Queen Samantha em "Give Me Action". Diferente do que muitos afirmam, não acredito que esta versão seja melhor que a original. Acredito que elas, de alguma forma, se complementam. Uma ser boa não apaga o brilho da outra. É isso.
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