Grandes Sucessos de Agepê foi o primeiro CD lançado pela Som Livre em toda a sua história, nos idos de abril de 1988. Possui um som surpreendente bom para a época e parte disso se justifica por ter sido masterizado por Mário Jorge e Aramis Barros, sendo Aramis um dos produtores do próprio Agepê (10/08/1942 - 30/08/1995). Vale a pena ouvir no esplendor de sua masterização original.
Para fechar o mês, nada melhor que o terceiro volume de Não Tem no Streaming. O que há de diferente neste volume? Todas as faixas, sem exceção, foram extraídas de LP. Bora conferir?
Agora é a vez de Pecado Rasgado, na sua trilha sonora nacional, voltar por aqui, desta vez na série O Som Original das Novelas, ou seja: totalmente extraída do LP lançado. A ripagem foi feita por Denis Gazeta (Gazeta do Som) e a masterização por mim. Como não tenho scanner, peguei as capas restauradas por Luiz Alberto Gomes, do blog Só Música.
A coletânea "Crawl File - Their Greatest Hits", de Australian Crawl, foi lançada inicialmente em 1984, em LP. Aqui no Brasi, o CD saiu pela EMI em 1993. O disco reúne o melhor da banda de 1980 a 1983.
Em outubro de 1997, era lançado o álbum de estúdio Aïcha, de Gilbert, pela Pool Records. A faixa que dava título ao álbum, uma regravação de Khaled sobre composição de Jean-Jacques Goldman, entrou na trilha sonora da novela Por Amor, lançamento de fevereiro de 1998, apesar de constar como 1997 no CD e no K7. Em Aïcha, Gilbert revisita canções populares do cancioneiro francês, indo do moderno ao clássico com a mesma desenvoltura.
Depois de quase três anos fechados sem um novo volume, Encore une Fois... chega ao seu quinto volume trazendo um apanhado do novo e do antigo na música cantada em francês. Bora conferir?
Durante o período de cerca de 9 anos, entre 1998 e 2007, foi frequente que coletâneas e trilhas sonoras da Som Livre maquiassem a verdadeira origem de muitos fonogramas. Assim, surgiu a ideia da coletânea Gato por Lebre, que agora vem à vida. Espero que curtam. Em cada faixa há uma breve história de como elas foram alteradas, maquiadas ou simplesmente surrupiadas.
Também tem, como sempre, espaço para artistas e bandas com seus álbuns por aqui. O escolhido da vez é a primeira edição brasileira de Happy Nation, álbum de 1992 de Ace of Base.
Aproveitando que a coletânea mais recente postada por aqui foi Hit Parade de 1994, trouxe mais duas coletâneas da Som Livre que contém em suas capas ilustrações de Romero Cavalcanti: os dois únicos volumes de Arabian Nights, lançados em 2000. O primeiro saiu pela Som Livre e o segundo em parceria com a Universal Music, o que não impediu, ainda assim, pequenos "gatos por lebre", digamos assim. Explico mais adiante.
O primeiro volume veio em fevereiro de 2000 na crista da onda do sucesso tardio de El Arbi, de Khaled, 7 anos depois de seu lançamento em 1992. A faixa abre o primeiro volume e logo depois temos o MP4 DJ, brasileiro, trazendo o sucesso Arabian Nights, que dá título à coletânea. Fata Morgana, de Dissidenten, já era quase sleeper hit ao parar em Sassaricando, na virada para 1988, pois a gravação é de 1984. Bom resgate aqui. Busindre Reel é, na verdade, música espanhola, de autoria de José Angel Hevia, ou simplesmente Hevia, um grande sucesso europeu em 1999, aqui regravado por um obscuro Sabah Ali, mantendo o distintivo didgeridoo na introdução, aqui encurtada. Amr Diab aparece na quinta faixa com uma versão remixada de Nour El Ain, inexplicavelmente creditada como Habibe aqui. Na sexta faixa, Dimples D surge remixada por Ben Liebrand na sua Sucker DJ, que estourou na virada para 1991 graças ao produtor, já que a gravação original era de 1983 e bastante minimalista. Tão minimalista que sequer foi preciso remover a base original, apenas foram adicionados elementos. A faixa foi extraída de LP e teve seu final encurtado em 5 segundos na tentativa de ocultar a fonte. Dania finca sua presença na sétima faixa com Leiley. Rachid Taha fecha a primeira parte do disco com Ya Rayah. Amr Diab volta com Khaled na nona faixa com Alby (erroneamente creditada como Albey). A gravação, inexplicavelmente para 1999, foi lançada oficialmente apenas em mono. Trancedence, de Jaï Yerini, provavelmente algum DJ brasileiro, incorpora elementos cinematográficos a duas gravações que serviram de base: Fata Morgana de Dissidenten e I Wonder If I Take You Home, de Lisa Lisa & Cult Jam. KXMR de Snake Raab é um ótimo momento do disco. Another Arabian Night, de Uttal Deejay, não faz feio. Sidikim Groove, de Ozan Sökmen, também é um ótimo momento. "Oficialmente", o disco fecha com DJ Memê e Alexis C. (Cheb Memê e Cheb Alexis), resgatados de 1993 com Kibe-Lezah, um bom pastiche. As faixas-bônus, atualizações questionáveis de El Arbi e Fata Morgana, não fariam falta se ali não estivessem. Mas é assim que veio, então...
Já o volume 2 começa com Şımarık de Tarkan, que estourou por aqui com 3 anos de atraso. O disco ainda traz Didi de Khaled (e um remix de N'Ssi N'Ssi bem com a cara dos anos 90), Time for a Change de The Rapsody (os créditos mutantes começam por essa faixa e vão longe), Arabian Pleasure, de Mario Più e Mauro Picotto, erroneamente creditados em ordem invertida e com Mario virando Mauro também. Ah, sim: a faixa só existe em MPEG, que era febre dos DJs na época. Ainda assim, soa bem. Há, também, uma leve edição no intermezzo, que tira uma repetição desnecessária. Seguindo a sequência de créditos trocados, Unconditional é o artista e Magic Fett é o nome da música (não é Feet). Tara traz a sua versão de Rich Girl e a já citada versão remixada de N'Ssi N'Ssi é a sétima faixa. Não contente em pedir música no fantástico com 3 erros em sequência, a oitava faixa traz o quarto erro de crédito do disco: Urban é o projeto (o mesmo de Trancedental, em Um Anjo Caiu do Céu) e Deal é o nome da música. Audível na letra, inclusive. Egyptian Strings de Mohamed Arab e Mustafah de Amr Kalah são bons momentos, quando não mais que de repente... um caso de plágio velado: Abdel Wahrame, de Maman, pegou a introdução (sem alterar) e o adlib (repetido por toda a faixa, aqui) de SOS (The Tiger Took My Family), de Dr. Bombay, sucesso eurodance de 1998. E eu achando que a parceria da Som Livre com a Universal Music pelo menos impediria gravações legalmente desafiadas, mas... bem, André Werneck fez isso durante 9 anos. Humshalah de Sheik Hums, o remix sem vocais de Rachid Taha para Indie e a versão em português de Şımarık com Mr. Jam fecham o disco.
Seria quase criminoso deixar de fora das ripagens diretamente dos CDs originais a edição de 1994 de Hit Parade. Apesar de costumeiramente eu ser avesso a nostalgia ou sentimentalismos de qualquer natureza, trazer este disco resgatado em sua originalidade é, de certa forma, uma maneira de fazer as pazes com o meu eu desastrado de 25 anos atrás. Como assim? Explico: ganhei o meu CD no meu aniversário de 8 anos, em 1994. No entanto, 6 anos depois, deixei um cortador de unha cair sobre o CD enquanto ele repousava fora do estojo sobre uma mesa, o que resultou numa trinca que percorria toda a área gravada do disco, inutilizando-o de imediato. Fiquei mortificado, pois sempre foi um disco que amei ouvir. Dois anos depois, em 2002, adquiri o LP. Mas só hoje, 25 anos depois do acidente, consegui novamente o CD. Meu eu de 14 anos está, finalmente, perdoado :) Bora ouvir, gente?
Na Saladificador sempre tem espaço para a postagem de discos oficiais, também. Totalmente Demais teve, na sua trilha sonora internacional, o fechamento oficial da categoria em mídia física, sendo a última trilha sonora internacional de novelas a ser lançada, em fevereiro de 2016. Não tenho scanner, então o máximo que posso fazer é adicionar imagens de fotos tiradas do encarte. Espero que curtam.
