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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Reissue: Mico Preto: nacional e internacional (1990)

olá, criOnças!
Para quem pensou que o blog ficaria inativo até a próxima leva da série Saladificador Masters mês que vem (cuja característica principal é relançar trilhas sonoras que nunca tiveram lançamento ou relançamento em CD ou refazer eventualmente relançamentos que deram errado no ponto de vista da qualidade do áudio...), fiquem tranquilos: isso não acontecerá, para a alegria de quem acompanha o blog e para tristeza de quem eventualmente torça contra ;)

Os discos da vez são as trilhas sonoras da novela Mico Preto, problemática novela de Marcílio Moraes, Leonor Bassères, Euclydes Marinho e Walter Negrão, que não chegou a fracassar na audiência, mas teve uma repercussão muito abaixo do esperado, principalmente por ter substituído o sucesso Top Model, de Antonio Calmon, no horário. Exibida em 179 capítulos, de 7 de maio a 1 de dezembro de 1990, nunca foi reprisada, mas rendeu excelentes trilhas sonoras, com destaque para a trilha sonora internacional, que acabou por eclipsar o disco nacional, que apesar de ser muito bom, não tem a mesma força que a trilha sonora nacional da novela anterior no horário.
No disco nacional, logo de entrada, temos o tema de abertura com Gilberto Gil interpretando "Mico Preto", para depois vir Gloria Estefan cantando em português a versão de "Here we Are", aqui intitulada "Toda Pra Você". Ed Motta, muito antes de se tornar o ser pedante e pretensioso que bem conhecemos, manda muito bem em "Solução". Placa Luminosa, projeto musical fundado por Jessé (25/04/1952 - 29/03/1993) em 1977, comparece com "Ego". Rita Lee e Roberto de Carvalho comparecem com "Dias Melhores Virão", trilha sonora do filme homônimo, de 1989 e que foi repetida 23 anos depois na trilha sonora da novela "Sangue Bom". Ah, sim: a canção não está editada: se trata de uma versão para o rádio, editada sim, mas não pelas mãos impiedosas de Ieddo Gouveia. Neguinho da Beija-Flor e Julinho Teixeira fecham o lado A, seguidos por Wando e sua "Vida Louca" abrindo a segunda parte do disco. Fernanda Abreu comparece com seu primeiro grande sucesso depois de deixar Blitz: "A Noite" é um dos melhores momentos de toda a sua carreira, de fato. Sandra de Sá grava a versão em português de "Love Will Lead You Back", de Taylor Dayne, aqui sob o título de "Quem é Você". Marçal comparece com a divertida "Dona Invocada" e é seguido com a primeira gravação de Orlando Morais para "Cruzando Raios". Importante ressaltar que não é a mesma gravação que serviu de abertura para o remake de Anjo Mau em 1997: são versões completamente diferentes. Eliane e Nova Era fecham o disco.

No disco internacional, os destaques são muitos, então é quase impossível não comentar faixa a faixa. Linear abre o disco com seu maior e talvez único grande sucesso mainstream: "Sending All my Love" é uma delícia. Johnny Gill, catapultado ao sucesso ainda muito jovem, quando fez parte da boyband New Edition, comparece com a excelente "My, my, my". Seu talento como vocalista é impressionante e sua segurança ao abusar de seus recursos vocais sem que isso caia na armadilha das firulas é notável. Technotronic comparece com "Move This", que à época foi um tiro no escuro por parte de Sergio Motta, já que a canção que estava estourada era mesmo "Pump up the Jam". "Move This" seria lançada como single, numa versão editada, apenas 2 anos depois, após algumas disputas internas no grupo. Gary Moore vem com a sua icônica "Still Got the Blues" e é seguido de MC Hammer e sua inconfundível "U Can't Touch This". Quem nunca tentou imitar a dancinha do clipe que atire a primeira pedra! hahaha
Sinéad O'Connor (erroneamente grafada sem o acento agudo no disco) vem com "The Emperor's New Clothes" e é seguida por Marcello Mansur, ou simplesmente DJ Memê, aqui sob o pseudônimo de Jam Session, com "Sure of it!" fechando o lado A.
Abrindo a segunda parte do disco, Paul Young regrava Chi-Lites e manda muito bem na sua versão de "Oh Girl". Snap! (grafado, como sempre, erroneamente sem a exclamação em todas as trilhas sonoras das quais fez parte...) vem com seu primeiro grande sucesso "The Power", aqui na versão álbum. Erasure vem com "Star" e na sequência temos Luis Miguel e um dos seus primeiros sucessos internacionais (porque sua longa carreira, iniciada ainda na infância, era mais bem sucedida antes somente no México): "Fría Como el Viento" é uma belíssima canção. Sybil Lynch, ou simplesmente Sybil, como é conhecida, regrava Burt Bacharach e faz bonito em "Walk on by", aqui na versão single, completamente diferente da versão do álbum lançado pela cantora. Os brazucas Talita Johnson e Martin Axel (que anos mais tarde teria a grafia do seu nome errada em História de Amor) trazem a cota das bagaças, mas até que são suportáveis para o fechamento do disco.
Ah, antes que perguntem: a remasterização dos discos foi feita inteiramente a partir dos CDs originais, fiz o que pude (como corrigir a distribuição de áudio entre os canais), mas se houver algum hissing residual, sinto muito, mas eu que não ia meter fade out e prejudicar o acabamento das faixas.
É isso aí... curtam muito porque vale a pena!

para baixar o disco, clique aqui




para baixar o disco, clique aqui


 

5 comentários:

Blog do Andinho disse...

Parabéns, Heyner - e obrigado mais uma vez por outra postagem sensacional.
Obs.: sua descrição para Ed Motta é simplesmente perfeita! hahaha.
Abraços!! :)

Unknown disse...

Obrigado por essas relíquias, eu sei que você detesta que façam pedidos de postagens, então fica só uma dica : a ótima trilha de O Casarão internacional está completando 40anos, quem sabe né? um grande abraço

Heyner Mercado disse...

Acho tão curioso isso, sabe? Repito há quase 10 anos que não atendo pedidos. Isso não é novidade pra ninguém. E mesmo assim as pessoas continuam a insistir em fazer pedidos? Como é que pode, isso? Cadê o respeito? Alguém tem a mínima noção das horas que se perde na masterização de APENAS um disco? Alguém tem ideia da trabalheira que dá consertar as besteiras feitas nas masterizações originais dos CDs mais antigos? Alguém tem ideia de quanto tempo e energia demanda para se procurar e encontrar faixas completas quando elas vieram incompletas nos discos? Acho que não, né... claro, evidente: todo mundo vê o produto final, pronto para baixar. Assim fica fácil insistir nessa inconveniência de continuar a fazer pedidos, sendo que todos estão perfeitamente cientes de que eu não aceito pedidos e não gosto que façam. E não é um "eu sei que você detesta" que vai mudar isso. Aguarde setembro. Quem sabe lá pode estar - por sorte, apenas - o seu pedido. Mas POR FAVOR: não faça pedidos. Nunca.
Grato pela compreensão.

lc disse...

Oi poste o CD o astro internacional.

lc disse...

Oi poste o CD o astro internacional.