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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Saladificador Masters #20: Mandala: internacional (28th Anniversary Edition)

EDIT: Houve um erro de digitação na capa que já foi corrigido. A imagem da capa que está no arquivo compactado contém o erro, Para substituir, basta clicarem sobre a imagem da capa aqui no post e baixarem. Está na mesma resolução, porém consertada.
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Para encerrar a primeira parte da série Saladificador Masters (sim, criOnças, voltaremos no final de setembro, ao iniciar da primavera, mas isso nada tem a ver com misticismo de equinócios ou solstícios...), a trilha sonora escolhida foi o disco internacional da novela "Mandala", um grande sucesso, tanto em audiência quanto em relação aos discos que compuseram sua trilha sonora. O disco nacional foi relançado em CD em 2001 na série da Som Livre "Campeões de Audiência", com uma faixa faltante e com as edições exatamente como vieram no LP/K7. Obviamente, a trilha sonora nunca foi relançada. Nem ela, nem nenhuma outra. O disco havia ficado pronto no final de 1987, mas só chegou às lojas na segunda quinzena de janeiro de 1988. Excetuando uma ou duas exceções, todas as canções desse disco estiveram no top 100 mundial. Abre com Duran Duran e a ótima "A Matter of Feeling", que não foi single e acabou impulsionada pela novela, aqui no Brasil. Seguindo a trilha, a falecida Whitney Houston, já famosa e reconhecida pelo seu talento vocal único, nos brinda com "Didn't we Almost Have it All". Os australianos do Wa Wa Nee chegam com a sua one hit wonder "Sugar Free", que talvez seja a única canção realmente boa do álbum de estreia deles, de 1986. Um segundo álbum foi lançado em 1989, mas logo a banda se desfez. U2 chega com "With or Without You", em única participação em trilhas sonoras de novela, até o momento presente. Glenn Medeiros é outro que marca presença única nas novelas ao regravar "Nothing's Gonna Change my Love for You". Na época em que estourou, o havaiano Glenn era apenas um garoto de 17 anos. Hoje, obviamente, tem 46 anos, completados no último dia 24. Little Steven faz uma mordaz crítica social em "Bitter Fruit" e manda muito bem. Os britânicos do View from the Hill surgem com "No Conversation", fechando o lado A. Mais adiante eu falo sobre as edições desse disco que mutilaram 10 das 14 canções.
Abrindo o lado B, Suzanne Vega marca presença com "Luka", uma canção que fala sobre uma vítima de abusos. Bon Jovi vem com "Never Say Goodbye", um grande sucesso do final de 1986. Lisa Lisa & Cult Jam (sim, gente! o nome da banda é esse mesmo, o erro ocorre em "Vamp", porque nunca houve THE no meio disso) manda muito bem com "Lost in Emotion", que veio estranhamente editada no disco em longo fade out. Cutting Crew vem com a excelente "I've Been in Love Before", seguidos pelos alemães do Wind (logo, pronuncia-se VINT) que comparecem com a versão em inglês da autoral "Laß die Sonne in Dein Herz", intitulada "Let the Sun Shine in Your Heart". Tiffany aparece surpreendentemente mais ao final do disco, com a sua regravação para "I Think We're Alone Now", que se tornou um grande sucesso mundial à época. Kenny G., em franca ascensão, comparece com "Songbird", que fecha o disco. Pena que a faca rolou solta nessa e em várias canções. São elas:
Faixas 1, 2, 3, 4, 6, 7, 9, 10, 11 e 14. As únicas que escaparam de Edward Mãos de Tesoura foram Glenn Medeiros, Suzanne Vega, Wind e Tiffany. Bem, mas foi o preço que se pagou para colocar no mercado um disco lotado de hits e que não tem um único filler pra contar história. Aqui, todas as faixas vem completas. Então é isso, pessoal... em setembro tem mais. Quais serão os próximos discos? Isso nem eu posso responder, mas logo vocês saberão! ;)

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Saladificador Masters #19: Corpo a Corpo: internacional (31st Anniversary Edition)

UPDATE: Novo master realizado em FLAC em 27/01/2019 e atualizado em 28/01/2019, com novas edições das faixas 2 e 8.
O penúltimo disco da série Saladificador Masters é nada mais, nada menos que "Corpo a Corpo" internacional, lançado logo no começo de 1985. Sem dúvida alguma, um grande disco. Abre com Julian Lennon e sua "Too Late for Goodbyes", que apesar do ritmo animado, possui uma letra bastante rancorosa. Scorpions surgem com aquela que talvez tenha sido uma de suas canções mais marcantes, se não for a maior de todas: "Still Loving You" é lembrada com facilidade mesmo quase 32 anos depois de seu lançamento. No disco da novela, veio editada em 4'27 e perdeu a parte da letra que dá sentido ao nome da faixa. Aqui, veio com os quase 2 minutos faltantes. Maria Vidal, totalmente no clichê oitentista, marca presença com "Body Rock". Kenny Rogers sozinho já é um arraso. Daí ele resolve se juntar com James Ingram e Kim Carnes, que dispensam adjetivos. Desse encontro, surge "What About me?". Belíssima canção, belíssimo momento do disco. Sophie St. Laurent surge com "Sex Appeal" e faz dançar. Waltel Branco e Antônio Faya surgem aqui sob o pseudônimo de Season of Love e fazem de "Autumn", composta especialmente para a novela, uma canção linda, apesar de instrumental. Seguindo o instrumental, dessa vez num estilo eletrônico que mistura dub com os clichês dos anos 80, File 13 comparece com a boa "Taste so Good", que faz dançar. No disco da novela, veio editada em 3'57. Aqui, veio completa. Prince, falecido esse ano, comparece com a sua canção mais famosa: "Purple Rain" foi executada inclusive em sua homenagem, onde Adam Levine (do Maroon 5) deu um impressionante show na guitarra). No disco da novela, veio editada em 4'04. Aqui, veio maior, mas não completa. Cês me desculpem, mas eu não tenho paciência mesmo para aquele final interminável que leva mais de 2 minutos. Fora isso, é uma bela faixa. Diana Ross canta "Missing You", composta por Lionel Richie homenageando Marvin Gaye, que havia sido assassinado pelo próprio pai no ano anterior. Chaka Khan surge irresistível com "I Feel for You", composta por Prince. Talvez tenha sido o seu melhor momento da carreira, inclusive. Joe Cocker não errava nunca e eu nunca canso de repetir isso. "Edge of a Dream" casa perfeitamente com sua voz. Barbra Streisand faz dueto com Kim Carnes, que aparece pela segunda vez na trilha sonora, em "Make no Mistake, He's Mine", composição da própria Kim. Maysa grava a versão em inglês de "Bonita", de Tom Jobim. Na verdade, é possível que essa canção só tenha entrado para o disco porque o Jayme Monjardim, filho de Maysa, era um dos diretores da novela. Ainda assim, é belíssima e eu pago um pau violento para Maysa. Se for dela, eu sempre vou gostar. Ao contrário do que podem pensar, Black Lace e sua "Agadoo" não são fillers. Meio bagaceiro talvez, mas os rapazes são britânicos e tiveram longa carreira fazendo música de comédia, então a intenção sempre foi fazer rir, mesmo. Um deles já morreu, infelizmente. Bem, é isso. Hoje pela tarde eu volto com o último disco dessa primeira parte da série Saladificador Masters. Qual será? Mistééério...
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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Saladificador Masters #18: Brilhante: internacional (35th Anniversary Edition)

Novela de Gilberto Braga, "Brilhante" enfrentou uma inesperada rejeição do público. Apesar disso, gerou uma trilha sonora internacional interessante e classuda. Só que o disco internacional também teve problemas logo após seu lançamento. Logo em janeiro de 1982, menos de um mês após o lançamento, a faixa de Kool & the Gang, "Good Time Tonight", foi vetada de fazer parte do disco. Em cima do laço, a canção foi substituída por um cover brazuca de Juice Newton: "Queen of Hearts" veio na voz de uma obscura Linda Kooly. Não foi uma troca justa, mas foi o preço a se pagar pela imprudência na utilização de canções que poderiam estar impedidas de ser utilizadas, à época. Mesmo assim, é um disco digno de nota. Abre lindamente com Barbra Streisand e sua "Comin' in and Out of Your Life", seguida por Morris Albert com "Do You Miss me?". Seguindo a trilha, Carly Simon manda bem com "Hurt". As faixas 4 e 5 já foram citadas, então vamos logo ao Phil Collins, que comparece com a bela "If Leaving me is Easy". No disco da novela, veio editada em 3'39. Aqui, está completa. O mesmo vale para Ian & Christopher, que no disco da novela, teve sua "Love Games" editada em 3'22 e aqui está completa. "Sugar", de Ronay, não está editada. Acaba por ali, mesmo. Richard Clayderman abre o lado B com a instrumental e bela "Murmures", seguido de Mick Fleetwood com a excelente "You Weren't in Love". No disco da novela, o nome dele veio grafado corretamente, mas em "O Melhor Internacional de Novelas" de 1992, "bolaram as trocas" e o chamaram de MIKE. Jim Capaldi faz uma versão em inglês de "Casinha Branca", de Gilson, que aqui virou "Old Photographs" e é tão bela quanto a versão original. Sheila comparece com "Little Darling", que veio sensivelmente editada no disco da novela em 3'40. Aqui, veio com os 14 segundos que faltavam. E de fonte digital, pela primeira vez. David Gates faz muito bonito em"Take me Now", que foi destruída 16 anos depois numa versão em português pelo Só Pra Contrariar. Secret Service, meses antes de estourar em "Elas Por Elas", aqui comparece com a apagadinha "Angelica & Ramone". Waltel Branco e Antônio Faya, sob o pseudônimo de Sound Orchestra, encerram o disco com "Song of Laura", composta especialmente para a novela. É isso, pessoal. Vale a pena curtir esse disco do começo ao fim, sem interrupções.
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Saladificador Masters #17: Tititi: internacional (31st Anniversary Edition)

Um grande sucesso no horário das 7 em 1985, "Tititi", de Cassiano Gabus Mendes, rendeu uma curiosa trilha sonora internacional, que apesar de apostar em nomes já conhecidos na época, como Sade, Jimmy Cliff e Stylistics, também apostou em artistas até então desconhecidos. Os franceses do Century abrem o disco com a potente "Lover Why", que se tornaria um grande sucesso no primeiro semestre de 1986. Na sequência, a incrível "Clouds Across the Moon", com RAH Band. Gente, desculpem: não consigo ser imparcial com essa canção. Ela mexe comigo desde que me entendo por gente. No disco da novela, veio editada em 4'09, da single version, que dura um pouco mais. Aqui, a single version veio completa. George Valde, brasileiro e contratado da Som Livre, não faz feio com "Body to Body"... só me surpreende uma canção como essa estar logo na terceira faixa. Mas até que ficou bom, assim. Na sequência, Carrie Lucas regrava "Hello Stranger" de uma maneira muito gostosa de se ouvir. No disco da novela, veio editada em 3'15. Aqui, está completa. F.R. David, que já havia se tornado conhecido por "Words" em "Guerra dos Sexos", aqui aparece com "Good Times". Waltel Branco, sob o pseudônimo de Tito Velasquez, comparece com a excelente instrumental "Valentim", que foi tema de quem? Difícil essa, hein? Brincadeiras à parte, sigamos: fechando o lado A, Paul Hardcastle comparece com "Rainforest", talvez seu maior hit. No disco da novela, veio editada em 3'56. Aqui, está completa. Gilbert O'Sullivan surge inesperadamente com "Nothing Rhymed", que é de 1971, mas esse momento anacrônico não poderia ter sido mais oportuno: essa canção é realmente uma lindeza. Letra e arranjo casam perfeitamente. Jimmy Cliff vem com a animada "Hot Shot", seguido por Sade e "Hang on to Your Love", single posterior a "Smooth Operator", de "A Gata Comeu". No disco da novela, veio na versão do álbum "Diamond Life", porém editada em 3'43. Aqui, veio com todos os seus 5'57. Philippe Lawrence comparece com "The Reason Why", no disco da novela editada em 3'00 cravados em um longo fade out. Aqui, veio completa. Stylistics, numa nova identidade musical, produzidos por Maurice Starr (o mesmo de New Kids on the Block), mandam bem com "Give a Little Love for Love". Aliás, algumas fontes divergem sobre o nome da canção: enquanto algumas afirmam que a canção se chama apenas "Give a Little Love", outras fontes garantem que o título real é o mais longo. Na dúvida, mantive o mais longo. Lipps Inc., mais conhecidos pelo sucesso "Funkytown", comparecem aqui com a não menos brilhante "Does Anybody Know me?". No disco da novela, veio sensivelmente editada no final. Aqui, isso foi consertado. David Bryan, brasileiro, encerra o disco com "I've Been Alone", que é dispensável. Baixem e curtam!
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terça-feira, 28 de junho de 2016

Saladificador Masters #16: Te Contei?: internacional (38th Anniversary Edition)

Mais uma das grandes trilhas sonoras do final da década de 70, sem dúvida. O disco internacional para a novela "Te Contei?", de Cassiano Gabus Mendes, teve até uma minutagem bastante generosa quando lançado. Apenas as faixas 1, 2, 8, 9, 10 e 12 sofreram edições, sendo que as edições das faixas 8, 9 e 10 foram tão suaves que são quase imperceptíveis. O disco abre com Charo e a ótima "Dance a Little Bit Closer", acompanhada pela Salsoul Orchestra. No disco da novela, veio na album version, que possui introdução diferente da versão estendida (esta, utilizada no capítulo 3 de "O Melhor Internacional de Novelas" em 2001). No disco da novela, veio editadíssima em menos de 3 minutos. Aqui, veio completa. Bee Gees comparecem com a bela "How Deep is Your Love" e são acompanhados por Chic e sua irresistível "Everybody Dance", que surpreendentemente veio com todos os seus 6'32 no disco da novela. Lucifer arrasa com "Self Pity", para depois vir Loleatta Holloway, acompanhada da Salsoul Orchestra, com "Runaway". Excelente momento do disco, por sinal. Jodie Foster, uma então adolescente, antes de se tornar a consagrada atriz que se tornou, tentou a vez na carreira musical. Um adendo: não existe fonte digital para "When I Looked at Your Face": o que existem, são fontes menos piores de áudio. Aliás, nem valeria a pena tentar retirar do LP da novela, pois a prensagem arruinou a qualidade da gravação. Apesar disso, é uma bela canção. Os brazucas do Manchester mandam bem com "Surprise", fechando o lado A. Abrindo os trabalhos do lado B, o britânico Leo Sayer surge com a ótima "Easy to Love" (que 24 anos depois se transformaria em "Easy 2 Luv" na versão de DJ Memê vs. Double You, em "Coração de Estudante). Billy Joel surge com a versão original de "Just the Way You Are", que também fez muito sucesso logo depois na voz e na produção de Barry White. Bonnie Tyler e sua maravilhosa voz rouca surge pela primeira vez em trilhas sonoras com "It's a Heartache", seguida por Nydia Caro que grava uma versão própria de "Comme un Oiseau Qui S'envole", que virou "El Amor Entre tú y yo". Showdown vem com a empolgante "Keep Doin' it", que no disco da novela veio MUITO editada, acabando aos 3'08. Aqui, ela está completa com seus 5'50. Atlantic Boys, também brasileiros, mandam bem com "Loving You Seemed to be so Magic". Fechando o disco, Art Sullivan aparece com "Revoir". Baixem e curtam esse disco, porque vale a pena!
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Saladificador Masters #15: Partido Alto: internacional (32nd Anniversary Edition)

Apesar de ter sido uma novela de complicada repercussão à época e pouco lembrada nos dias de hoje, "Partido Alto" rendeu uma trilha sonora memorável que, não apenas abafou completamente a morna trilha sonora nacional, como também se manteve, ao longo dos anos, um disco de qualidade atemporal. Logo de cara, o disco abre com "Primavera", gravação de 1976 de Riccardo Cocciante e tardiamente reconhecida por aqui. Uma bela canção (eu e meu fraco pela música italiana, principalmente para a atuação do Riccardo ao cantar). Na sequência, Tina Turner regrava Beatles com "Help". Bem, eu vou falar de um gosto estritamente pessoal meu: eu prefiro mil vezes qualquer coisa aos Beatles. Não gosto, gente... não dá. Tina, pra variar, sempre manda muito bem. World's Famous Supreme Team, do produtor Malcolm McLaren, arrasa com "Hey DJ", aqui em versão single. Essa canção seria utilizada na década seguinte de sample para "Honey", de Mariah Carey. Eartha Kitt, uma das minhas cantoras preferidas de todos os tempos, juntamente com Shirley Bassey, vem em ótima forma em "Where is my Man", novamente em single version. Joe Cocker nunca errava. Não tem nada que ele não tenha gravado que não tenha dado muito certo... "Even a Fool Would Let go" na voz dele é linda. Wang Chung marca presença com "Don't Let go", talvez a única canção realmente datada da trilha sonora. BJ Thomas manda bem em "This Love is Forever", fechando o lado A. Uma improvável presença do Menudo numa trilha sonora de novela das oito poderia dar errado, mas não é esse o caso. "If You're Not Here (By my Side)" é bonita e não prejudica o disco. Culture Club vem com "Miss me Blind", seguidos por Chicago com a excelente "You're the Inspiration". Gente, a voz do Peter Cetera é um arraso! The Flirtations comparecem com "Earthquake", que não passa de legalzinha. Peabo Bryson estava em alta na época e "If Ever You're in my Arms Again" é uma belíssima canção. RAF (ou simplesmente Raffaele Riefoli) vem com a gravação ORIGINAL de "Self Control". Sim, gente: a versão da falecida Laura Branigan que é o cover. Fechando o disco, mais uma vez Waltel Branco aparece, aqui sob o pseudônimo de Black Journey. Como quase tudo o que ele produz, faz bonito em "Dreams". Bem, é isso. Baixem e divirtam-se!
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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Saladificador Masters #14: O Espigão: internacional (42nd Anniversary Edition)

"O Espigão", uma das novelas com o típico estilo de Dias Gomes, rendeu uma trilha sonora internacional muito mais simpática que a trilha sonora nacional, que também é boa, mas nem de longe tão marcante. O disco nacional foi relançado em 2006 na série Som Livre Masters, projeto de Charles Gavin e conduzido por Carlos Savalla e Luigi Hoffer. Na primeira tiragem, o disco veio com sérios defeitos na equalização da faixa 3 em diante, tendo esse erro posteriormente consertado nas tiragens seguintes. O disco internacional, a exemplo de todas as trilhas sonoras internacionais da época, nunca foi relançado.
Logo de entrada temos Elton John com a potente "The Ballad of Danny Bailey (1909-34)", que não chegou a ser single, mas vale muito a pena. No disco da novela, a faixa veio erroneamente grafada como "Ballad of Danny BAYLEY" e sem o subtítulo. Na realidade, a letra da canção trata de uma personagem fictícia. O Danny Bailey citado na letra nunca existiu, de fato. Dennis Yost & the Classics IV, presença constante na primeira metade da década de 70 nas trilhas sonoras, marca presença com "Save the Sunlight", uma bonita canção, mas nada de extraordinário. Na sequência, a versão álbum de "Dancing Machine" com Jackson Five, maior que a versão mais conhecida. The Stylistics surgem ótimos em "We Can Make it Happen Again". A faixa parece editada, mas é single version. Aliás, nenhuma canção sofreu cortes nesse disco. Executive Suite está simplesmente irresistível com "When the Fuel Runs Out", seguidos por Stu Nunnery e a boa "Lady It's Time to go". Seguindo a tendência de baladas lentas, ainda temos Evan Pace com "You're All the Sunshine I Will Ever Need", que no disco da novela veio grafado apenas como "You're All the Sunshine". No selo do disco, ainda consta o restante do título da canção como se fosse subtítulo. Coisas da Som Livre, né?

Abrindo o lado B, Sami Jo e sua voz rouca dão um toque todo especial a "Tell me a Lie". Na sequência, George McCrae, erroneamente grafado no disco da novela como George Mc Ray, aparece com "Rock Your Baby", aqui conhecida como "Melô do Puladinho" (pra quem não sabe o que significa "puladinho", vos explico: é um passo de dança miudinho, inspirado no samba e nos ritmos negros. Saladificador também é cultura, nénom?). Diana Ross e Marvin Gaye surgem com "Pledging my Love", do álbum "Diana & Marvin", que rendeu canções como "You Are Everything". O brasileiro Paul Jones manda bem em "Another Day", seguido do australiano Kevin Johnson, que foi uma exclusividade da trilha sonora, pois nunca teve sua discografia lançada no Brasil. "There's Nothing I'd Rather do", uma canção soft rock de levada country, é muito bonita, por sinal. No disco da novela, veio erroneamente grafada como "There's Nothing IS Rather do". Qualquer pessoa com a mínima noção de inglês, sabe que isso daí tá errado. Little Anthony & the Imperials surgem apaixonantes em "The Loneliest House on the Block", uma daquelas canções poderosíssimas que você se pega cantarolando a letra logo na primeira ouvida. Fechando o disco, claro, tinha que ter uma bagacinha pra contar história, afinal trilha sonora sem uma bagaça pra contar história é como procurar agulha no palheiro: "What Can I do", de um obscuro Summer Breeze, é esquisita do início ao fim. A vocalização da faixa, que é instrumental, é no mínimo bizarra. Mas a gente perdoa, pelo conjunto da obra do restante do disco. Bem, é isso. Vale a pena curtir muito esse disco. Curto e eficiente.
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Saladificador Masters #13: Cuca Legal: internacional (41st Anniversary Edition)

"Cuca Legal" foi, à época de sua exibição, um problema para a Globo, pois não alcançou os índices de audiência esperados. Talvez tenha sido a novela das 7 mais curta que se tem notícia, com 118 capítulos, exibidos entre 27 de janeiro e 13 de junho de 1975. A segunda novela mais curta no horário, "As Filhas da Mãe", de Silvio de Abreu, exibida entre 27 de agosto de 2001e 18 de janeiro de 2002, contou com 125 capítulos.
Apesar de ter sido uma trama inconsistente, que perdeu constantemente para a então concorrente "Meu Rico Português", da Tupi, rendeu uma trilha sonora internacional de respeito. Lançada a menos de dois meses do término da trama, é um disco repleto de bons momentos e com um equilíbrio entre canções lentas e agitadas bem distribuído, valorizando o ecletismo do repertório escolhido para ilustrar a segunda parte da trama de Marcos Rey. O disco abre com "One Day in Your Life", de Michael Jackson, uma bela canção que já marcava o início da maturação artística do então adolescente Michael. Na sequência, Al Downing vem com "I'll be Holding on" com sua longa introdução de quase dois minutos. A canção recebeu o jocoso subtítulo de "Melô do Banjo" aqui no Brasil por ter destacado um certo instrumento em seu arranjo (adivinhem qual? eu nem imagino...). No disco da novela, a canção veio ferozmente editada, acabando aos 3'51, restando quase dois minuto para seu real final. Chrystian, que muito antes de fazer dupla com Ralf, gravava sob encomenda em inglês para as trilhas sonoras da Globo, mesmo não falando uma palavra de inglês na época, manda bem com "More Than You Know". O fato é que o cara sempre soube escolher a dedo o que cantar e além disso, muito antes de se tornar de fato fluente em inglês, sempre teve um bom ouvido para reproduzir a prosódia alheia. Um bom momento no disco, sem dúvida. The Futures marcam presença com "Castles" (somente anos depois a canção seria rebatizada como "Castles in the Sky", então vale o registro do primeiro nome), que veio MUITO editada no disco da novela em 3'49, quando tem quase quatro minutos a mais na sua versão utilizada no disco (a versão do disco deles, pois a single version tem por volta de 3'30, mesmo). Terry Winter, outro brazuca, manda muito bem com "We Can't Make Love Tonight", seguido de Stevie Wonder com "Boogie on Reggae Woman", que veio estranhamente editada no disco da novela, sem necessidade, pois a canção tinha uma single version praticamente com a mesma duração da versão estranhamente editada para o disco. Aqui, ela vem completa com seus 5'11. Essa canção também veio estranhamente grafada como "Boggie on Regae Woman" no disco. Falta de atenção ou ignorância? Jamais saberemos... Sergio Mendes, pianista e produtor natural de Niterói-RJ, já fazia um sucesso expressivo no exterior e manda muito bem com a regravação de "If I Ever Lose This Heaven". Ah, sim: os vocais são de Bonnie Bowden. The Stylistics abrem o lado B do disco com a bela "The Miracle". Na sequência, temos Free Spirit com "Love You Just as Long as I Can" e Dennis Yost & the Classics IV, gravando uma canção de Jim Weatherly: "It's my First Day Without You" é melancólica e linda. The Miracles, que meses depois se tornariam mais conhecidos por aqui com "Ain't Nobody Straight in LA" (da trilha sonora de Pecado Capital), aparecem com a deliciosa "Keep on Keepin' on (Doin' What You do)". Ah, sim: o subtítulo da canção foi omitido do disco, aparecendo somente no selo e com um G inexistente no subtítulo. Paul Jones e sua "I'm a Prisoner" chamam mais atenção pelo rico arranjo de instrumentos e vozes na metade final da canção do que pelas habilidades do inglês - no mínimo estranho - do rapaz. Ah, sim: a faixa veio grafada como "I'm Prisoner", faltando o "a". Steve Feldman, que apesar de ter gravado por aqui e falar português, não é brasileiro (é natural de New Jersey), aparece com a bela "Let me be Forever". Waltel Blanco aparece sob o pseudônimo de Airto Fogo com a excelente "Jungle Bird". Aliás, no disco da novela essa canção veio erroneamente creditada como "Black Soul". Mas o erro se justifica: Waltel, que à época assumia o pseudônimo de Airto Fogo integralmente, lançou pela CBS (atual Sony Music) um compacto simples com as canções "Black Soul" e "Jungle Bird", uma de cada lado do compacto. O que ocorreu foi que, no disco da novela, a faixa realmente incluída foi "Jungle Bird". "Black Soul" é completamente diferente. Numa época que os sistemas de identificação individual dos fonogramas eram precários, não havendo GRAs ou ISRCs, não era tão difícil assim confundir as estações quando as canções possuem o mesmo artista e compositor, ainda mais sendo essa canção instrumental. Essa discografia pregressa de Waltel é atualmente representada pela Comercial Fonográfica RGE Ltda., braço da Som Livre.

Ah, antes que me perguntem: a faixa do The Stylistics tem "defeitos" naturais da gravação em certo trecho, onde se percebe que há um descompasso na batida. Uma vez que isso faz parte da gravação, não tem como ser consertado.
Enquanto várias faixas foram severamente mutiladas no lado A, no lado B nenhuma delas foi editada. Bem, é isso. Curtam o disco, que é bem gostosinho de se ouvir. 

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Saladificador Masters #12: Coração Alado: internacional (36th Anniversary Edition)

O disco com a trilha sonora internacional da novela "Coração Alado" é, na minha humilde opinião, um dos melhores discos já feitos para esse fim. É difícil eleger um só, mas se for para falar dos melhores, certamente esse disco está entre eles. Selecionado por um então obscuro Luiz Maurício, mais conhecido como Lulu Santos, o disco inteiro é bom e não tem UM único filler pra contar história. Logo de entrada, temos ABBA com a excelente "The Winner Takes it All", seguido de Jimmy Buffett com "Survive". As meninas do Love Unlimited, produzidas pelo finado Barry White, surgem irresistíveis ao som de "I'm so Glad That I'm a Woman". Air Supply vem com o seu maior sucesso popular... "All Out of Love" é realmente uma bela canção. Leonore O'Malley manda muito bem na pegada disco com "First be a Woman". Michael Johnson aparece com "After You" e é seguido pela sempre ótima Kim Carnes com sua irresistível voz rouca em "More Love", encerrando o lado A. Christopher Cross abre os trabalhos do lado B com a linda "Sailing". Os franceses do Voyage sempre ótimos, defendem "I Love You Dancer", que no disco da novela veio bem editada em 3'30. Aqui, ela vem completa. "Shine on", com LTD, é uma balada poderosa. Acho que mexe até com defunto. A Taste of Honey marca sua única presença até então nas trilhas de novela com a gostosinha "Rescue me", para logo depois La Flavour vir irresistível com "Roller Shake", uma daquelas canções da era disco que você simplesmente não tem como ficar parado. É pra dançar, é pra curtir, é pra se apreciar a criatividade que andava muito bem. Commodores aparecem com "Mighty Spirit", uma balada com pegada gospel. Henry Mancini, chiquérrimo, fecha o disco com "You'll Never Know". É um disco para se ouvir com carinho, definitivamente.
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domingo, 26 de junho de 2016

Saladificador Masters #11: A Gata Comeu: internacional (31st Anniversary Edition)

Por uma feliz coincidência, acabei seguindo o cronograma da trilha sonora anteriormente postada. "A Gata Comeu", grande sucesso de Ivani Ribeiro, na realidade um remake de "A Barba Azul", da TV Tupi, substituiu, no horário das 6, a novela "Livre Para Voar", de Walter Negrão. Sua trilha sonora internacional é cultuada por muitas pessoas que afirmam, de maneira até mesmo imprudente, se tratar da melhor trilha sonora já lançada. Vou ser bem sincero: o disco é muito bom sim, tanto que mereceu esse reissue aqui, mas nem de longe é o melhor disco já lançado como trilha sonora. E vou apontar motivos lógicos para isso, antes de me debruçar sobre as faixas: 
1- O disco tem uma quantidade de fillers, os famosos enche-linguiça acima da média dos lançamentos efetuados pelo selo Opus/Columbia anteriormente. Quais são eles? Fred Bongusto, Terry Winter e Silvia Massari, além do Waltel Blanco, que não podia faltar, claro, sob o pseudônimo de W. White;
2- Apesar de ser um disco cultuado, muito disso devido à falta de informação dos colecionadores mais jovens e, apesar de ter ido bem nas vendas, não foi um disco campeão de vendas. São várias as trilhas sonoras que venderam consideravelmente mais;
3- Mesmo tendo boas canções, o disco é repleto de clichês dos anos 80. Exemplos? Glenn Frey, Paul Young, Manhattans, Tremendo... não estou dizendo que não são bons, apenas se tornaram caricaturas ao longo dos anos. Contra fatos, não há argumentos. 
O disco abre com "I Should Have Known Better" do escocês Jim Diamond, recentemente falecido. No disco, veio editada em pouco mais de 3'30. Glenn Frey despontava seu primeiro grande sucesso depois de deixar os Eagles com "The Heat is on". No disco da novela, veio editada em 2'56. A edição da introdução é bonitinha e foi mantida, mas o final que não consta no disco da novela, aqui está completo. Madonna chegou a tocar por algum tempo sua "Crazy For You" na novela, mas por uma série de problemas, a primeira prensagem do disco foi confiscada das lojas e logo depois a faixa foi substituída pela artista da casa, Sade, com "Smooth Operator". Apesar de ser nigeriana de nascimento, Sade, como muitos pensam, não possui nacionalidade nigeriana. A vocalista da banda que leva seu nome (na verdade o sufixo de seu sobrenome Folasade), tem cidadania britânica, desde pequenina. Men at Work manda bem com "Everything I Need" e o bom momento segue com a icônica "Heaven" de Bryan Adams. Apesar de ser um bom artista (eu gosto, me julguem), Fred Bongusto enfrentava uma baixa popularidade na sua carreira ao longo daquela década. Mesmo assim, "Dillo tu" é bonita. Naima & Papagayo aparecem com a pitoresca "Brasileiro Train", que de tão trash, chega a ser divertida. Mas é por momentos como esse que esse disco definitivamente NÃO PODE ser considerado a melhor trilha sonora. No disco, veio editada em menos de 3 minutos. Aqui, vem com o final completo. Freddie Mercury, que juntamente com Men at Work foi o único poupado da tesoura maluca, comparece com a ótima "I Was Born to Love You". Paul Young marca presença com "Everytime You go Away". No disco da novela, veio com menos de 3 minutos. A introdução editada, porém, ficou digna e eu a mantive, mas o final completo foi mantido, para alegria geral da nação. Mick Jagger veio MUITO editado com "Just Another Night". Aqui, a faixa está completa. Manhattans até manda bem com "Forever by Your Side", mas quem assistiu à novela talvez tenha pegado um pouco de birra dessa canção, porque ela tocava MUITO na trama, quase a ponto de se tornar insuportável. Tremendo, uma versão argentina do Menudo, diga-se de passagem, comparece com "We Can Change the World", seguidos dos brasileiros Terry Winter e Sylvia Massari (confesso, gente: AMO essa mulher, é uma atriz como poucas) com "Lovely Love". Waltel Blanco (ele de novo, gente! qual a novidade nisso?) fecha o disco com a curta "Caribe". Bem, é isso. Baixem e curtam essa versão comemorativa do disco! ;)
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